É errado o golpe de Juvenal Juvêncio para cotinuar no poder do São Paulo? Sim. Disso, nem mesmo ele, pode discordar. Tanto que, entre dirigentes e conselheiros, o discurso é sempre o de que está errado, que realmente não seria a melhor saída, mas é tratado como um “mal” necessário.
Com o parceiro Alexandre Lozetti, que conhece Juvenal há mais tempo do que eu, estivemos na sala do mandatário, no Morumbi, na véspera da eleição. Um local com réplicas de animais, dois deles um casal de girafas bem interessante, quadros do presidente, sendo dois deles com a polêmica taça da bolinhas (um dos seu orgulhos pessoais), além de um pôster do ídolo Rogério Ceni e uma camisa da Seleção enquadrada e assinada por Luis Fabiano.
Juvenal fala com orgulho sobre tudo que fez, ainda pode fazer, e o que logo se concretizará como obra dele no clube (leia-se Cotia e Morumbi). Ele sabe o quanto é importante para o andamento dos projetos. E realmente é. Para isso, e por isso, mudou o estatudo do clube, que até então não permitia um novo mandato (neste caso: três). É errado o que está fazendo, mas me rendo aos que dizem que ele é imprescindível para o Tricolor. Isso também por um próprio erro de JJ, que não preparou ninguém para seu lugar. Talvez pelo seu declarado estilo centralizador, nem quis dividir com ninguém o gostinho do lugar mais alto da diretoria. Para o futuro, daqui três anos, também nem quer saber quem vai assumir o cargo.
Juvenal, quando se encaminhava para o fim da entrevista, rechaçou que está cansado do que faz no clube. Pelo contrário, diz que é algo que lhe faz bem. Por fim, detalhista como é, revelou que sabe tudo que se passa, dando como exemplo um simples quarto em construção no CFA de Cotia. E é verdade, o homem está à par de qualquer assunto. Não seria diferente com o Tricolor.
JJ destaca-se não só pela qualidade na gerência, mas também por entender de futebol, por ser bem relacionado (sua próxima futura amiga será a presidente Dilma, por intermédio de Lula), por amar o que faz e por ter profissionais de qualidade ao seu lado. Principalmente os que estão no Morumbi, casos do advogado José Manssur, do diretor de marketing Adalberto Batista, do diretor de comunicação Rogê David e do vice de marketing Julio Casares. Homens que, nos seus devidos ramos, entendem do que fazem e sabem dar bons conselhos a um homem de 72 anos. Já com muitos cabelos brancos, mas experiência e lucidez de sobra.
O chefe vai para ter terceiro seu mandadato, é apenas um fato a concretizar logo mais à noite. Afinal de contas, são favas contadas sua “re-reeleição”. Sou totalmente constrário aos que se perpetuam no poder. Mas Juvenal será um bem para o São Paulo nos próximos anos. Ou um “mal” necessário. Ele pinçou o segredo do futebol como poucos. Apostou na base, que não só ajuda no desenvolvimento do homem, mas também traz retorno dentro de campo e financeiramente, e no Morumbi, uma fonte de renda que não para de crescer. Chegando ao meu terceiro ano na cobertura de São Paulo, se assim continuar, na companhia do Sr. Juvêncio eu estarei por mais algum tempo…
Juvenal é um ‘mal’ necessário
Fonte Lance!
20 de Abril de 2011
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