Está lá na letra do hino do São Paulo a melhor definição para a situação da equipe no Campeonato Paulista após a vitória de quinta-feira sobre o Ituano, clube da cidade onde tudo é exagerado.
Com o 2 a 0, o Tricolor terminou a rodada na liderança da competição, empatado com os outros três grandes do Estado, mas com uma vitória a mais do que os rivais – 8 contra 7.
O placar foi construído com facilidade, poderia ser maior, mas no primeiro tempo nem o Sampa nem o Ituano proporcionaram muitas emoções aos torcedores. Ambos erraram muito.
A equipe de Carpegiani, armada com o falso lateral-direito Xandão, deixou uma avenida interminável por este setor, principalmente pela ineficiência de Ilsinho na frente e atrás.
O time do interior, porém, se apequenou e não explorou a fragilidade do adversário, embora Malaquias tenha conseguido escapar algumas vezes por ali. Atrás, fechadinho, se defendeu bem, até os 41 minutos.
Exagerado mesmo foi Jean ao abrir o placar, depois de linda jogada, ainda mandou um petardo no ângulo direito do goleiro Marcelo Bonan. Indefensável!
O São Paulo melhorou com o gol, mas só no segundo tempo mostrou quem era o grande da noite e passou a deitar e rolar, com Lucas e Dagoberto inspirados e amparados pelos passes do voluntarioso Willian José.
Carpa voltou com Casemiro no lugar do apagado Wellington, que não aproveitou a chance recebida, e o Tricolor logo ampliou. Após lindo passe de Willian, Dagoberto mandou para as redes.
O gol forçou o Ituano a sair mais para o jogo, mas faltava qualidade. Lucas, em chute de fora da área, assim como Willian, poderia ter esticado o placar.
Sorte grande teve Rogério Ceni, que só olhou a bola na trave depois do chute de Medina.
Mas a noite era do líder Tricolor. O resultado comprovou a altura do time no campeonato, mas ficaram lições. Após o polêmico corte de Alex Silva, Carpegiani deve ter saído com uma certeza: independente de punição ou não, a falta que o zagueiro faz ao sistema defensivo, se não é gigantesca, contra o Ituano foi notável.

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