Nação do Maior do Mundo;
Quem esteve no Morumbi hoje presenciou uma das derrotas mais vergonhosas dos últimos anos. Com um time completamente mal escalado e desmantelado em campo, o São Paulo foi presa fácil para um dos lanternas do Campeonato e viu sua sequência de vitórias mais uma vez interrompida de uma forma vexatória. Repito: Tudo isso dentro do tempo sagrado do Morumbi.
O tricolor entrou em campo com uma escalação prá lá de duvidosa, que fragilizou demais o setor defensivo. O time começou com Ceni, Rodrigo Souto, Alex Silva e Samuel. Jean, Carleto, Casemiro, Jorge Wagner e Marlos, Lucas e Ricardo Oliveira.
De fato, o São Paulo só jogou cerca de dez minutos no primeiro tempo, amparado pelo começo de jogo no Morumbi e ao lado de sua torcida. Um chute de Carleto e outro de Ricardo Oliveira, defendido por Harlei, deram o falso tom de domínio tricolor. Porém, com o técnico Jorginho colocando sua carga ofensiva toda no setor direito tricolor, onde se encontrava o solitário, improvisado e fragilizado Rodrigo Souto, o nó tático permanente em cima de Sérgio Baresi foi dado sem nenhuma chance aos mandantes da casa.
Assim, o Goiás foi jogando tranquilo e fazendo gol em cima de gol, para a surpresa dos mandantes. E foi pouco. Se o primeiro tempo tivesse virado com cinco gols de diferença para o adversário não seria injusto. O São Paulo, perdido em toda a sua totalidade, pouco atacou e quando chutou a bola não atingia a meta goiana. Fazia tempo que eu não via tamanha superioridade contra no placar em um só tempo no Morumbi. O São Paulo jogou errado defensivamente e nosso técnico (?) não via.
Detalhe: O time tomar dois gols do Rafael Moura foi outra coisa que eu nunca havia visto.
Fim do primeiro tempo. Ficou barato para o tricolor mais querido do Brasil. Tive pena de dois atletas: Rogério Ceni, sem culpa em nenhum gol e com uma história que não merecia essa capítulo e Alex Silva, que correu para todos os lados da defesa tentando tapar os buracos deixados. Os dois foram os únicos que não deveriam ter entrado em campo para participar deste show de horror.
Veio a segunda etapa e Baresi colocou Dagoberto em campo, tirando Jorge Wagner. A entrada do atacante foi certa mas a saída do meia, completamente equivocada. Parece que o problema era “só” nosso ataque. O time martelou, martelou mas não conseguia perfurar a defesa goiana. Não temos laterais de nível e o único está machucado e só está jogando no meio. Para piorar as coisas Cléber Santana entrou em campo e Harlei trabalhou para ser o nome da partida, fazendo defesas importantes. Como se não bastasse, o que seria nosso único gol de honra foi interpelado pelo árbitro, que viu falta e não seguiu a jogada. Passou batido pelos quase vinte mil torcedores. Afinal, que honra seria fazer um gol perdendo de 3 em pleno Morumbi?
Fim de jogo. Com a vitória sacramentada no primeiro tempo, o Goiás gastou a bola, se fechou no meio e não permitiu qualquer reação do tricolor. A torcida vaiou com razão todos jogadores, o técnico e a direção do clube por essa vergonha passada em solo sagrado. Deveriam ouvi-la mais.
A triste certeza que fica é que o São Paulo vai passar o resto do ano assim. Ganhando e perdendo partidas sem praticamente se mexer na tabela. Somente uma sequência impressionante, típica dos casos de aborto da natureza, vai alterar o destino do time neste ano. Um time em formação, com um técnico imaturo e um comando diretivo que precisa de sangue novo (tanto da situação como da oposição, não importa a ideologia), ânimo e ousadia em gerir um clube acostumado com a excelência e o pioneirismo em todos os seus setores.
Saudações tricolores!
Melhores do SPFC: Destaco somente Alex Silva pela dedicação e garra em campo.
Piores do SPFC: Tudo. Hoje o time como um todo foi medíocre, mal escalado, mal formado e mal executado. Mas o foco não deve ser somente direcionado nos jogadores, alguns fracos e outros achando que estão num SPA. É preciso entender que Sérgio Baresi é um técnico completamente imaturo para atuar no profissional. A atuação lamentável de hoje foi só mais um exemplo disso. A diretoria deveria se posicionar com clareza em relação a sua permanência até o final do ano e, mais ainda, rebater as acusações dos adversários sobre aliciamento de técnicos. Se não foi para ser Dorival JR ou qualquer outro, tudo bem, mas assuma uma posição para ser cobrado por isso. O diretoria de futebol do São Paulo atualmente está se mostrando omissa e perdida em diversas situações dentro e fora do campo.