São Paulo 2×1 Guarani
Jogo aberto
O São Paulo enfrentou um jogo bem diferente do clássico do domingo. O Guarani falhou bastante na marcação. Sem Mazola, o Bugre perdeu velocidade, pois Baiano era o jogador mais próximo do centroavante Reinaldo.
Mancini deu bastante liberdade para Apodi e Marcio Careca avançarem pelos lados. Fabiano também ajudava na articulação do meio.
O São Paulo de Baresi, com Marlos na direita de atacante, Fernandão centralizado e Lucas fazendo o ” vai e vem” do meio e ataque na esquerda, tomou conta do jogo até balançar a rede.
Rodrigo Heffner, aos 10 minutos, evitou, em cima da linha, o golaço de Richarlyson. Aos 14, Casemiro tocou para Marlos na área, ele teve tranquilidade para tirar do goleiro e fazer o gol.
Foi o melhor lance dele. No restante do primeiro tempo, o time da casa só não fez mais gols por causa dos erros nas finalizações e passes dele.
Baiano perdeu a melhor oportunidade na cara de Rogério Ceni. Em seguida, Marlos entrou na área e ao invés de servir Lucas, livre, chutou mal. O Bugre passou bom tempo com a bola. O problema era a maracação muito ruim no meio.
Casemiro, Jorge Wagner, Lucas, Marlos e Richarlyson encontraram espaço no meio dos volantes bugrinos. O problema sãopaulino foi o último passe. Mesmo quando os visitantes tinha a bola na frente, os contragolpes do São Paulo foram as jogadas mais perigosas.
Ilusão de ótica
Quando a etapa inicial terminaria com o justo 1×0, outra vez os jogadores sãopaulinos deram muito azar com a arbitragem.
O apitador Marcelo Aparecido de Souza teve uma ilusão de ótica. Viu Baiano se jogar, cair sozinho, e deu a penalidade de Miranda. E ainda deu amarelo para o zagueiro que ficou indignado.
Quando descia para o vestiário, Miranda falou aos repórteres sobre a arbitragem: “ Você começa a duvidar de certas coisas. Nunca vi um pênalti como esse em toda a minha carreira. Até os jogadores do Guarani reconheceram que não foi nada. É um absurdo”.
Baiano empatou.
Ricardo Oliveira voltou no lugar de Fernandão, machucado.
O São Paulo tomou a iniciativa.
São Paulo evolui taticamente
Desde o início do jogo houve inversão de posições. Jorge Wagner e Richarlyson trocaram de lugar na ala e de volante, Jean atuou a maior parte do tempo no meio. e Rodrigo Souto, en tese o terceiro zagueiro, abria para marcar na lateral.
O Guarani só tinha Marcio Careca de velocidade daquele lado, e Casemiro foi muito bem na marcação. Souto nunca ficou mano a mano com o jogador rápido.
O Bugre voltou bem mais fechado. Resistiu à pressão até os 18 minutos. Richarlyson ganhou de cabeça, Dagoberto – entrara 1 minuto antes no lugar do apagado Marlos - ficou livre e cabeceou no travessão. No rebote, Ricardo Oliveira devolveu a vantagem ao São Paulo.
Em casa, os comandados de Baresi mantiveram a marcação na saída de bola e o controle das ações.
Mancini acerta nas substituições
Vagner Mancini tentou mudar o rumo do jogo. Aos 22, trocou o pesado Baiano por Mário Lucio que joga na meia e pode encostar no atacante, Aos 28, tirou o fraco Apodi, que puxava os contragolpes, e o sumido Reinaldo. Entraram o meia Geovane e o centroavante Ricardo Xavier.
O Guarani conseguiu ganhar o meio e passou a levar perigo nos arremates da entrada da área e cruzamentos.
Baresi viu que o adversário cresceu e reforçou o meio com José Vitor na vaga de Lucas.
O contra-ataque sãopaulino parou em Dagoberto. Sem novidades.
Os visitantes continuaram sem entrar na área sãopaulina.
Aos 43, Casemiro perdeu excelente oportunidade. Ricardo Oliveira, que tocou para ele, estava impedido.
Aos 45, até o goleiro Douglas foi tentar o cabeceio no escanteio. E fez falta.
Ninguém mais criou nada e os 3 pontos ficaram com quem atuou melhor.
Vale ressaltar
A defesa está marcando os cruzamentos bem melhor depois de Alex Silva retornar. O Guaravi teve vários escanteios (depois atualizo os números) e perdeu quase todos. O papel da defesa na bola aérea foi muito importante para a vitória do São Paulo.