Nasceu Lucas, virou Marcelinho, voltou a ser Lucas. Seja com que nome for, ele simplesmente quebrou a monotonia do clássico e deu a justa vitória ao São Paulo sobre o Palmeiras, por 2 a 0, no Pacaembu: Lucas fez um gol muito bonito, ao acertar de sem-pulo depois de cabeçada de Jorge Wagner> e no segundo gol, deu passe açucarado para Fernandão chutar no conto direito do goleiro Deola.
Se o primeiro tempo do antigo Choque- Rei(será que ainda é?) foi capaz de dar sono, pelo menos na etapa final tivemos Lucas(ex- Marcelinho) e a incrível vibração dos jogadores do São Paulo, que comemoravam a vitória em cada bola dividida como se fosse um gol.
Ao contrário, o Palmeiras, incapaz de obrigar Rogértio Ceni a uma grande defesa, parecia jogar em câmera lenta, melancólico ao tentar criar alguma chance de gol Por exemplo. Tadeu tropeçava no lance, Luan apanhava das bola e Fabrício mostrou que, para jogar assim na lateral-esquerda, melhor ficar no banco de reservas e ver Rivaldo- vejam a que ponto chegamos - em campo. Mesmo Valdívia, em outros tempos pelidado de El Mago jogou os 90 minutos, é certo, mas sem nenhum pingo de magia.
Creio que Felipão (mais uma vez expulso) tem razão em adotar a retranca. O que é um soco no estômago para quem viu esse time, um dias, ser chamado de Academia. É necessária uma reformulação quase geral no elenco.
Por sua vez, o São Paulo mostrou brio. E também mostrou um Fernandão decisivo, um Alex Silva perfeito mesmo depois de contusão, mostrou que pode almejar algo mais do que o rival- que tem de se precoupar, seriamente, com o perigo do rebaixamento.
Ah, é claro, mostrou Lucas- ou Marcelinho- com gol e jeito de craque!