O empate contra o líder Fluminense, no domingo passado, no Maracanã, aumentou a confiança do cambaleante São Paulo. Nesta semana, o discurso no clube foi o de que é possível engatar uma reação no Nacional.
"Vamos buscar isso, a arrancada, para lutar na parte de cima da tabela", declarou o zagueiro Miranda.
Só que a missão da versão 2010 do time seis vezes campeão nacional é bem mais ingrata do que as anteriores, já que a 15ª colocação (no início da rodada), restando 21 jogos, é o segundo pior cenário vivido pela equipe nos pontos corridos --desde 2003.
Em 2005, pior campeonato nacional feito pelo clube no atual sistema, a equipe então dirigida pelo técnico Paulo Autuori estava na 19ª colocação, na zona de rebaixamento, no atual momento.
No entanto, aquele time era o campeão da Libertadores, tinha vaga garantida no torneio para o ano seguinte e focava o Mundial de Clubes. Escapar da zona de rebaixamento do Brasileiro era o único objetivo por estar tão distante da luta pelo título.
Agora, o São Paulo tenta pelo menos não ficar de fora do mais tradicional torneio continental em 2011, já que a última temporada em que não o disputou foi a de 2003.
Os exemplos dos últimos anos estão longe da atual realidade. Em 2006 e 2007, quando conquistou o título, a equipe do técnico Muricy Ramalho já era líder a esta altura. Em 2008, quando faturou mais uma taça, ocupava vaga no G4, enquanto no ano passado estava em quinto.
Nesses últimos dois anos, as arrancadas vieram antes. Em 2008, começou na 11ª rodada (o time era o oitavo); em 2009, na 12ª (estava em 15º).
"O São Paulo já passou por situação parecida como essa antes, de estar lá embaixo, começar a reação e conseguir uma vaga no G4. É possível", disse o zagueiro Xandão, que chegou ao clube neste ano.
Quem está no time há mais tempo adota um pouco mais de cautela. "Não dá para ficar comparando, mas esperamos uma nova arrancada. Não vou dizer igual, mas vou dizer que tem que ser maior [do que outras]", falou o volante Jean. Hoje, às 21h, ela pode começar. O rival é o Atlético-GO, no Morumbi.