O diretor de futebol do Santos, Pedro Luiz Nunes Conceição, explicou na tarde desta sexta-feira, no CT Rei Pelé, a operação financeira realizada pelo clube para exercer o seu poder de compra dos direitos econômicos do volante Arouca.
Ao todo, o Peixe desembolsou 3,5 milhões de euros (cerca de R$ 8 milhões) pela aquisição de 90% dos direitos do jogador, que estava emprestado até o final do ano pelo São Paulo. Os santistas tinham até o dia 31 de agosto para fazer valer a sua prioridade na compra dos direitos econômicos do meio-campista.
"O grande segredo desta negociação é que tanto o Santos quanto o São Paulo não divulgaram detalhes da evolução das conversas, para o bom andamento da transação. E o importante é que ela agradou tanto ao jogador quanto ao clube do Morumbi e ao Santos. Até porque, se trata de uma das maiores negociações do futebol brasileiro, entre clubes nacionais. Desses 3,5 milhões, 2 milhões foram para o São Paulo", disse Nunes Conceição, que ainda deu outros detalhes da transação.
"No novo contrato que o Arouca assinou conosco, a multa rescisória dele agora é de 15 milhões de euros. Na negociação, adquirimos 90% dos seus direitos econômicos e os outros 10% ficaram justamente com o Arouca e a empresa MFD, que cuida da carreira dele e detinha 60% dos direitos econômicos", comentou.
Indagado se a compra de Arouca não seria um gasto excessivo do Alvinegro Praiano, já que o clube não vive uma condição financeira tão favorável, o dirigente explicou que o futebol demonstrado pelo volante na Vila Belmiro convenceu a cúpula santista de que valeria a pena fazer tal investimento.
"Primeiro que o Santos não gastou, o Santos investiu. E vai uma grande diferença entre investimento e gasto. Além disso, o Arouca é um jovem, de 24 anos, que caiu como uma luva no nosso time e que apresentou aqui o mesmo futebol que fez com que o São Paulo fosse contratá-lo", encerrou Pedro Luiz.