
À esquerda, o regulamento da Libertadores, publicado antes do início do torneio (em destaque, o trecho que se refere aos mexicanos). À direita, a reprodução da nota desta sexta-feira, publicada pela Conmebol. O texto é idêntico, mas a primeira frase foi suprimida, o que causou toda a dúvida
Na nota publicada pela Conmebol na madrugada desta sexta-feira, há um adendo na fase de quartas de final. Ele diz o seguinte: "No caso de que três ou mais equipes de dito país se classifiquem para a fase de quartas de final, estes deverão eliminar-se entre si. Os confrontos serão entre o de melhor número de ordenamento contra o de pior número, respeitando o sistema de casa e fora anteriormente descrito".
Quem lê este texto é levado a crer que, se três ou mais clubes de qualquer país chegarem às quartas de final, estes deverão jogar entre si. Mas o caso não é este. No regulamento original, publicado ainda antes do início da competição, é possível perceber que, de fato, este inciso se refere apenas aos mexicanos. Na verdade, a Conmebol suprimiu a primeira frase do inciso na nota que publicou nesta sexta.
"Nesta edição especial da Copa, na qual participam cinco equipes mexicanas, em caso de três ou mais equipes de dito país...", diz o texto original do regulamento. Como apenas dois mexicanos seguem vivos na Libertadores (San Luis e Guadalajara), o inciso não tem mais qualquer aplicação.
Final brasileira segue possível
Vale lembrar que o regulamento obriga o cruzamento entre equipes do mesmo país no caso de duas delas alcançarem a fase semifinal. Esta hipótese segue possível (Corinthians e Flamengo estão de um lado da chave, enquanto Internacional, Cruzeiro e São Paulo estão do outro). A possibilidade de haver uma final brasileira, portanto, existe. Basta que três delas cheguem à fase semifinal (a decisão teria Corinthians ou Flamengo contra São Paulo, Cruzeiro ou Internacional).