Com Santos e Santo André já classificados, restam, agora, duas vagas para as semifinais do Campeonato Paulista. E duas equipes não necessitam apenas das próprias forças para garantir a classificação. Para avançar, Corinthians e Portuguesa precisam que Grêmio Prudente e São Paulo tropecem nos confrontos deles, contra São Caetano e Santo André, respectivamente.
E toda vez em que essa situação aparece, abre-se a discussão sobre a polêmica mala branca. Os envolvidos da vez são o Azulão e o Ramalhão. O presidente do primeiro, Nairo Ferreira, entretanto, garante que a equipe dele não aceitará qualquer tipo de incentivo para vencer o jogo.
– Não aceitaríamos isso de forma nenhuma e nem precisamos dessas coisas para vencer o jogo – diz o mandatário, que não tem a mesma opinião de Romualdo Magro Jr., vice-presidente de futebol do Ramalhão.
– Quando o dinheiro é para vencer, é valido. Penso que só incentiva os jogadores – garante Romualdo.
Questionado sobre a possibilidade de oferecer a mala branca aos clubes do ABC paulista, o diretor de futebol do Corinthians, Mario Gobbi, nega que irá providenciar algum tipo de incentivo aos jogadores, mas afirma: a prática não é fora da lei.
– Uma coisa é dizer que incentivar é ilícito. Não é, é licito. Agora, dizer que vamos fazer isso, tem uma certa distância. Não é porque é lícito que vamos fazer – garantiu, em entrevista à Bandsports.
O São Paulo, que se vencer o já classificado Santo André se classificará para as semifinais, não vê nenhum problema caso algum clube queira utilizar da mala branca.
– Eu não tenho pudores com isso. Se quer dar, que dê. O São Paulo não faz isso, nunca tive conhecimento. Cada um faz o que acha certo – garante o superintendente de futebol, Marco Aurélio Cunha.
Com a palavra
Romualdo Magro Junior, vice de futebol do Santo André:
"Até hoje, o Santo André não passou por isso (mala branca), nem no ano passado. Se chega, vai direto para o jogador, nós da diretoria não ficamos sabendo. Mas não somos contrários. Da mesma maneira que tem o bicho, este é um que vem de fora. Pagar para ganhar, eu acho válido, mesmo que não precise, pois vamos jogar para isso. Hoje, é uma prática válida que estimula, se chega a mim alguém para negociar, passo para um representante dos jogadores, não participo."
Nairo Ferreira, presidente do São Caetano:
"O São Caetano sempre entra para ganhar o jogo. Aqui, ninguém pensa nessas coisas. Nós precisamos do resultado pelo título do interior, e só dependemos de nós. Não pensamos em nada desse tipo. Acredito que não vá nos aparecer uma coisa dessas. E, se aparecer, não aceitaríamos de forma alguma. Acho isso completamente errado, pois temos de valorizar a competição dentro de campo, e não fora dele. Aqui, isso não acontece, eu garanto."
Polêmica mala branca divide os ‘Santos’ do ABC
Santo André não vê problema e São Caetano repudia
Fonte Lance!
6 de Abril de 2010
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