O São Paulo quase saiu com um empate do Morumbi. E se ele tivesse acontecido o próprio Tricolor seria o culpado. Diante de um rival fraco, os são-paulinos, que abriram o placar cedo, preferiram administrar do que matar o jogo.
Resumindo: com uma sonolência que irritou os poucos torcedores que foram ao Morumbi, o time de Ricardo Gomes só se salvou porque achou um gol nos minutos finais em mais uma atuação abaixo do esperado pelo forte elenco que o técnico tem em mãos, assim como no Paraguai, diante do Nacional, pela Libertadores. O presidente Juvenal Juvêncio, com certeza, não gostou novamente.
QUANTO SONHO
Ricardo Gomes decidiu apostar em uma equipe bem diferente da utilizada na vitória sobre o Nacional pela Libertadores. Além de Cicinho, Alex Silva, Marcelinho Paraíba e Washington, que nem sequer foram relacionados, ele deixou Junior Cesar, Richarlyson e Hernanes no banco de reservas.
A formação era também mais ofensiva. Para enfrentar um time que briga para não cair, um volante era mais do que suficiente, em função desempenhada por Rodrigo Souto. A transição ficava com Léo Lima, Cléber Santana e Jorge Wagner, com os velozes Dagoberto e Fernandinho na frente.
O começo foi um pouco travado, com os jogadores procurando se ajeitar em campo. Quando o problema de desentrosamento foi superado, o São Paulo abriu o placar em uma jogada de futsal. Léo Lima fez o trabalho de pivô na área e tocou de calcanhar para Jorge Wagner marcar.
O 1 a 0 deu tranquilidade ao Tricolor, que, no entanto, confundiu isso com morosidade. Em vez de ir com tudo para tentar decidir o jogo e não correr nenhum tipo de risco, os são-paulinos trocavam passes com muita preguiça. Uma vez ou outra até dava certo, e o time chegava ao gol de Cristiano, mas, quase sempre, a jogada era desfeita antes de ela entrar na área.
A chuva torrencial também contribuiu para deixar o jogo mais chato. A partida precisou até ficar parada por quatro minutos no começo do segundo tempo por causa de um problema de queda de energia nos refletores do Morumbi.
No retorno da paralisação, o Tricolor esboçou um despertar, com jogadas de Fernandinho e Léo Lima. Mas como o adversário não incomodava, o São Paulo se acomodou, parecia não querer mais nada.
A sonolência foi punida inapelavelmente. O Rio Branco, mesmo infinitamente inferior, chegou ao empate em uma cobrança de falta da lateral. Márcio Carioca tocou de cabeça e Rogério Ceni aceitou.
Aí o São Paulo fez o que deveria ter feito antes de sofrer o gol. Pressionou um pouco no campo de ataque, arrumou um escanteio e Hernanes cobrou com perfeição na cabeça de André Luís, garantindo uma vitória que poderia ter sido muito mais fácil.
Preguiça quase punida
Fonte Jornal da Tarde
15 de Março de 2010
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