Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos: onde as mulheres jogam em 2025? Levantamento revela mandos

O futebol feminino no Brasil tem crescido de forma significativa, especialmente com a proximidade da Copa do Mundo. Em São Paulo, os clubes representam um importante referencial nesse cenário. Uma questão que se faz necessária avaliar é: onde jogam essas atletas? Quais estádios recebem as competições femininas? O Lance! conduziu uma pesquisa inexplorada para entender onde os times femininos dos quatro principais clubes paulistas—Corinthians, Palmeiras, São Paulo e Santos—realizaram suas partidas durante a temporada de 2025.

O levantamento exclui estádios neutros, como aqueles usados na Libertadores Feminina, que ocorreu na Argentina, e foca em estratégias distintas sobre onde as equipes realizam suas partidas, refletindo aspectos logísticos, operacionais e regulatórios. O Corinthians, por exemplo, utilizou predominantemente a Fazendinha, onde foram realizados 11 dos 21 jogos analisados. Localizada no Parque São Jorge, esta arena se destaca não só pela familiaridade da equipe, mas também por um custo operacional mais acessível e uma programação regular.

Em algumas ocasiões, o Corinthians optou por estádios maiores, como a Neo Química Arena, que recebeu jogos cruciais, incluindo semifinais e a final do Brasileiro. O Canindé foi utilizado em três partidas, incluindo um importante clássico contra o São Paulo. O time obteve um desempenho notável, com 19 vitórias, 1 empate e apenas 1 derrota, finalizando a temporada com um saldo de 45 gols positivos.

O São Paulo, em contraste, apresentou uma abordagem mais variada, utilizando nove estádios diferentes ao longo da temporada. O Estádio Marcelo Portugal Gouvêa, em Cotia, serviu como a principal casa, com 11 jogos realizados. Isso permitiu uma melhor gestão logística, tendo em vista que os clássicos e jogos decisivos foram levados a outros locais, tais como o Morumbi e o Estádio Municipal de Santana de Parnaíba. Os números mostram que o São Paulo somou 23 jogos, resultando em 10 vitórias, 8 empates e 5 derrotas, com um saldo de gols de 8.

O Palmeiras, por sua vez, adotou uma estratégia de estabilidade, disputando todos os seus 21 jogos na Arena Barueri. Esta escolha, que se confirmou como uma casa fixa, mostra a intenção do clube em manter uma logística eficiente e um planejamento claro, mesmo considerando a possibilidade do Allianz Parque ser utilizado em temporadas futuras. Com 12 vitórias, 5 empates e 4 derrotas, o desempenho do time refletiu essa estabilidade, culminando na vitória por 5 a 1 na final do Paulista sobre o Corinthians.

O Santos apresentou um modelo híbrido, usando a Vila Belmiro como seu principal palco com 10 jogos, mas também utilizando outros estádios da região, como o Estádio Distrital do Inamar e o Jayme Cintra. Assim, o time somou 9 vitórias, 5 empates e 4 derrotas, conseguindo um saldo positivo de 16 gols.

A Federação Paulista de Futebol (FPF) explicou que a escolha dos estádios do Paulistão Feminino segue normas específicas, levando em consideração a infraestrutura necessária, como capacidade mínima e condições de segurança. O regulamento determina que a escolha final do estádio é uma responsabilidade do clube mandante, desde que se mantenha dentro das diretrizes estabelecidas.

O Regulamento Específico do Brasileirão Feminino A1 de 2025 também impõe requisitos claros, como a indicação prévia dos estádios e as condições de mando de campo definidas pela campanha dos clubes no ano anterior. É destacável que, apesar do direito de escolha do estádio, a viabilidade operacional e a infraestrutura são cruciais para garantir o sucesso das competições.