Os diretores licenciados do São Paulo, Douglas Schwartzmann e Mara Casares, estão sob investigação por coação no curso de processo. O inquérito foi iniciado no 34º distrito policial, localizado no Morumbi, e posteriormente encaminhado ao Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania, onde há outras investigações em andamento relacionadas ao clube.
A investigação envolve um suposto esquema de venda clandestina de camarotes para shows no Morumbi. O cerne do inquérito que investiga a coação refere-se a uma ligação feita por Douglas e Mara para Adriana Prado, que é a compradora do camarote sob suspeita. Durante essa conversa, os diretores pressionaram Adriana por cerca de 40 minutos a retirar um processo judicial que envolvia uma terceira pessoa que teria sublocado o camarote. Áudios da ligação, que geraram um grande escândalo, foram revelados pelo GE em 15 de dezembro. Nos registros, Douglas e Mara se referem ao camarote como "clandestino".
Atualmente, esse caso principal é alvo de investigações pela Polícia Civil, no departamento mencionado anteriormente. Além disso, está sendo alvo de uma sindicância interna no São Paulo. O Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania investiga também uma série de potenciais desvios financeiros que envolvem a diretoria do clube. Vale destacar que o caso tramita em segredo de Justiça. O inquérito que investiga a coação será incorporado à investigação principal, continuando a tramitar no DPPC.
A gestão liderada pelo presidente Julio Casares enfrenta um período de intensa crise política no Morumbi, com articulações para o impeachment tanto da oposição quanto de membros da situação que começam a se distanciar da coalizão de apoio. Na semana passada, Douglas Schwartzmann negou qualquer envolvimento em um suposto esquema de venda ilegal de camarote. Por sua vez, Mara Casares, em uma postagem nas redes sociais, declarou que "o áudio que circula foi tirado de contexto e traz uma conotação que não reflete a verdade dos fatos nem a minha intenção".