O clube social do São Paulo Futebol Clube foi palco de protestos neste sábado, protagonizados por sócios indignados com o escândalo envolvendo a venda clandestina de camarotes no Morumbi. A manifestação ocorreu após a divulgação de áudios que revelam um esquema de comercialização irregular, ligando conselheiros influentes do clube às fraudes.
Os manifestantes estenderam faixas e exibiram mensagens contundentes no local, com frases como “Fora Mara e Douglas” e “Fora Casares”. A revolta se intensificou após a divulgação de trechos de áudios atribuídos a Douglas Schwartzmann, nos quais ele afirma: “teve negócio que você ganhou dinheiro, eu ganhei, todo mundo ganhou”. Apesar de alegar confiança na parceira de negócios e afirmar que “não podemos fazer coisa errada aqui”, o conteúdo foi interpretado como agravante pelos sócios.
Diante da repercussão, Mara Casares solicitou licença do Conselho Deliberativo na última sexta-feira, seguindo o mesmo caminho adotado anteriormente por Schwartzmann. Conforme o Artigo 57 do Estatuto Social do São Paulo, a licença tem duração mínima de um ano, o que impediria o retorno de Mara antes de dezembro de 2026. A medida, no entanto, não suspende as investigações em curso na Comissão de Ética do clube.
Além das apurações internas, o caso ganhou dimensão externa. O Ministério Público requisitou a abertura de inquérito policial para investigar a exploração clandestina do camarote, envolvendo os conselheiros citados. A iniciativa amplia a gravidade do episódio e aprofunda a crise institucional vivida pelo São Paulo.
O escândalo dos camarotes representa mais um capítulo turbulento nos bastidores do Tricolor, colocando em xeque a governança do clube e aumentando a pressão por transparência, responsabilização e mudanças profundas na condução administrativa.


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