O orçamento do São Paulo para 2026 foi recentemente aprovado pelo Conselho Deliberativo, mas o resultado foi extremamente apertado, revelando a crescente pressão sobre o presidente Julio Casares. Com 112 votos a favor e 107 contra, além de quatro abstenções, o orçamento prevê um superávit de R$ 39,9 milhões, com receitas estimadas em R$ 931,8 milhões e despesas projetadas em R$ 891,8 milhões.
Durante a votação, o faturamento previsto gerou intensos questionamentos entre os conselheiros, em particular a expectativa de arrecadar cerca de R$ 180 milhões proveniente da venda de jogadores. Este valor foi um dos fatores que levaram muitos a duvidarem da viabilidade do orçamento, resultando em um elevado número de votos contrários. Outro ponto controverso que pesou na análise foi o alto investimento de R$ 3,5 milhões destinado à festa junina do clube social.
Apesar da aprovação do orçamento, a oposição se fortalece após a votação, e existe a possibilidade de que alguns conselheiros da situação mudem de lado. Essa dinâmica acrescenta mais um nível de pressão sobre Julio Casares, que já enfrentou um pedido de afastamento por parte de um grupo de conselheiros, após revelações sobre um esquema para a exploração ilegal de um camarote no Morumbi, que envolveu até a ex-esposa do presidente.
Além das controvérsias extracampo, o São Paulo projeta um 2026 desafiador também dentro de campo. Atualmente fora da CONMEBOL Libertadores e com dificuldades financeiras, o clube terá um grande desafio em qualificar o elenco sob o comando de Hernán Crespo.