A reunião do Conselho Deliberativo do São Paulo Futebol Clube, realizada na noite de ontem, foi marcada por intensas discussões e um clima de tensão, que culminou em uma tentativa de invasão por parte de torcedores organizados. O objetivo do encontro era discutir a execução orçamentária para 2026, mas a sessão rapidamente se transformou em uma crise interna.
Desde o começo, houve troca de acusações entre os conselheiros e o tom dos debates foi elevado. O presidente Julio Casares destacou-se pelo semblante abatido, acompanhando a maior parte da reunião em silêncio e interagindo apenas quando provocado pelos membros do Conselho. Essa postura foi percebida como um reflexo da crescente pressão sobre sua gestão.
Um dos conselheiros opositores mais empolgados, José Alexandre Médicis, do grupo “Raíz Tricolor”, questionou Casares sobre os futuros passos na política do clube e chegou a solicitar sua renúncia. Informações de fontes do UOL indicam que o presidente se manteve calado a maior parte do tempo e mexia no celular durante a reunião, preferindo não utilizar a tribuna como inicialmente planejado.
A troca de farpas continuou com Médicis questionando a destinação de mais de R$ 3,5 milhões para a realização de uma festa junina na sede social do clube em 2026. O diretor responsável pelo evento, Dedé, defendeu a proposta e considerou justo o valor alocado, embora tenha havido uma resposta irônica da oposição.
Outro momento de tensão foi quando conselheiros da oposição mencionaram a presença do superintendente geral, Márcio Carlomagno, favorito à sucessão de Casares, que não compareceu à reunião. Essa ausência gerou um bate-boca entre conselheiros, incluindo uma troca de insultos entre João Bolizan e Roberto Natel, ex-vice-presidente de futebol do clube.
O clima mais acalorado da sessão aconteceu quando Themistocles Almeida, diretor administrativo do clube, discutiu com Olten Ayres, presidente do Conselho, sobre a necessidade de uma postura mais rígida dos conselheiros do grupo Participação, que poderiam votar contra a execução orçamentária. A presença de discordâncias também foi notada entre membros da Coalizão, que dá apoio direto à administração de Julio Casares.
Durante uma reunião anterior, foi decidido que Olten Ayres encaminharia uma representação no Conselho de Ética contra Douglas Schwartzmann e Mara Casares, mesmo com discordâncias sobre como a situação deveria ser abordada. Enquanto isso, Dedé opinou que a questão deveria ser 'engavetada', mostrando-se avesso à representação proposta por Olten.
Mais tarde, líderes da Torcida Independente tentaram invadir o local da reunião, levando à antecipação de seu encerramento. Os torcedores exigiram a expulsão de Schwartzmann e Mara Casares, além de solicitar que a pauta incluísse a separação do clube social e do futebol, bem como a inclusão do sócio-torcedor no processo eleitoral. A situação exigiu a intervenção da Polícia Militar para conter a confusão.
o sao paulo nao precisa de Wendel Alisson Luan Luciano cedric