Nos últimos dias, o São Paulo passou por uma onda de demissões que impactou profundamente o ambiente do Centro de Treinamento da Barra Funda. Na segunda-feira, o clube anunciou a saída de quatro profissionais da área médica. Na sexta-feira anterior, mais seis funcionários de diferentes setores, como rouparia, massagem e segurança, também foram desligados, em um momento que deveria ser de confraternização devido ao churrasco de fim de ano realizado no local.
Segundo fontes internas, a administração tratou essas demissões como uma medida necessária na gestão de Julio Casares, alegando a importância de um "choque de gestão" e um "ajuste de rota" para um desempenho melhor em 2026. O objetivo é implementar mudanças que incluam a contratação de "pessoas novas" e com "ideias renovadas", buscando profissionais que tenham um custo menor e uma entrega maior.
A gestão atual acredita que as áreas de departamento médico, fisioterapia e fisiologia foram alvo de muitas críticas ao longo de 2025, o que levou a diretoria a buscar novas abordagens e profissionais que possam trazer uma nova perspectiva para os processos diários no CT e no Reffis. Há um desejo significativo de remover a “zona de conforto” dos atuais colaboradores, com a intenção de revitalizar o time e evitar os erros do passado.
Além das mudanças funcionais, o São Paulo também está focado na montagem de seu elenco para a temporada de 2026. Recentemente, as conversas sobre contratações e desligamentos de jogadores se intensificaram, com a participação ativa de Julio Casares, Rui Costa e Muricy Ramalho. O primeiro jogador a ter sua saída confirmada foi o atacante Dinenno, que já se despediu e se dirigiu ao América de Cali, da Colômbia.
O volante Luiz Gustavo é outro nome debatido; ele pode deixar o clube, embora tenha a possibilidade de permanecer se aceitar uma redução de salário. Outros atletas, como Rigoni, Patryck Lanza e Young, também estão com a saída iminente dos seus cargos no São Paulo.
Para a aquisição de novos jogadores, a alta cúpula busca garantir um suporte financeiro externo antes de abrir negociações. No entanto, qualquer intenção de investimento deve ser aprovada pelo Conselho Deliberativo do clube, que atualmente está dividido politicamente, o que tem dificultado e atrasado o planejamento para 2026. Por essa razão, a gestão de Casares está priorizando o restabelecimento da harmonia entre os diferentes grupos do Conselho antes de avançar nas contratações.
O São Paulo só ia começar a melhorar se o Casares pedisse demissão