Árbitro descreve ofensas de dirigentes do São Paulo após clássico decisivo

No último domingo, o São Paulo enfrentou o Palmeiras e acabou derrotado por 3 a 2, em uma virada no Morumbi. O resultado gerou uma série de controvérsias e protestos por parte da diretoria do Tricolor. Na súmula da partida, o árbitro Ramon Abatti Abel registrou ofensas proferidas por Carlos Belmonte, diretor de futebol, e Rui Costa, diretor executivo, ocorridas no túnel de acesso aos vestiários.

Segundo o árbitro, Belmonte fez comentários desabonadores, como "Filma ele, a vergonha, ele aí. O VAR não veio". Rui Costa, por sua vez, teria dito: "Vai tomar n..., uma vergonha". Ambos os dirigentes foram identificados pelo delegado da partida e as queixas foram formalmente registradas.

O São Paulo emitiu uma nota oficial expressando sua indignação com a arbitragem, citando quatro erros potenciais que teriam impactado negativamente o resultado da partida. O mais controverso foi a não marcação de um pênalti claro sobre o jogador Gonzalo Tapia, quando a equipe estava em vantagem de 2 a 0. O árbitro considerou o lance um "choque normal", o que gerou perplexidade entre os torcedores e jogadores. Além disso, o clube alegou faltas não sancionadas que resultaram em gol do Palmeiras e jogadas violentas que deveriam ter sido punidas com cartões vermelhos.

Após os protestos do São Paulo, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) comunicou o afastamento do árbitro Ramon Abatti Abel e do VAR Ilbert Estevam da Silva, além de outros árbitros que participaram das partidas questionadas. A previsão é que eles passem por um processo de avaliação e treinamento para aprimoramento. A CBF enfatizou a importância de manter a credibilidade na competição e de garantir atuações arbitrárias justas e corretas.