A terceira vitória consecutiva do São Paulo no Paulistão passou pelos pés da revelação da base Ryan Francisco. O jogador, que foi o artilheiro da Copinha deste ano com 10 gols marcados, dessa vez anotou o seu primeiro gol como atleta profissional na partida contra a Portuguesa, por 2x1. Ele foi o responsável pela virada tricolor no duelo, cativando ainda mais a torcida e colocando mais uma camada nas discussões que envolvem o uso dos atletas da base no time do São Paulo em 2025.
O técnico Luis Zubeldía, que trabalhou com reservas na partida contra a Lusa, vinha sendo pressionado pela torcida durante o jogo pela demora em fazer substituições que pudessem evitar o empate. Ryan Francisco foi o escolhido para substituir Ferreirinha aos 36 minutos do segundo tempo, e dez minutos depois, após receber um lançamento preciso na área, fez o gol que garantiu mais três pontos para o São Paulo.
Em entrevista coletiva pós-jogo, Zubeldía foi questionado sobre os jogadores da base são-paulina, e surpreendeu ao afirmar que gostaria de levá-los para a pré-temporada realizada pelo time na Flórida, no início deste mês:
“Sempre digo que tem de planificar. Conheço bastante, os vi bastante. Depois que vi, eles jogaram torneios, finais, ganharam. Não queríamos prejudicar a formação se subissem. Quando você sobe um jogador, depois para baixar é ruim. Não se pode prejudicar o crescimento e o trabalho dos treinadores de Cotia. Tínhamos planificado Ryan, Alves, Hugo e Ferreira para levá-los para a Flórida”.
De acordo com o treinador, os jogadores não viajaram por conta da disputa da Copinha, tida como prioridade naquele momento. Além disso, Zubeldía destacou que é preciso trabalhar com cautela e paciência, para que o crescimento dos atletas da base no profissional não seja prejudicado ou alvo de críticas:
“Primeira divisão é muito difícil. Erram um gol, cometem um pênalti, e o torcedor não distingue se tem 18, 19, 20, 30 ou 32 anos. Quer ganhar. Aguenta dois, três jogos e depois... O mais importante é que estamos trabalhando em Cotia. Há uma sincronização na transição, mas, com calma, é um processo longo, faltam passar por várias provas”.