Luxemburgo se derrete por atuação do Corinthians e cita até Dorival para explicar "silêncio" nas análises: "Não vou facilitar a v…

Neste sábado (29), o Corinthians venceu por 3 a 1 o Vasco, na Neo Química Arena, pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, e chegou ao sexto triunfo nas últimas sete partidas na temporada. E a atuação diante do Cruz-maltino rendeu elogios por parte do técnico Vanderlei Luxemburgo aos seus comandados.

Na coletiva após a partida, Luxe classificou o desempenho contra os cariocas como o melhor de sua equipe desde que chegou e ressaltou a importância do trabalho emocional para recolocar o Timão no caminho das vitórias, após um início de temporada bem abaixo.

"Tecnicamente (melhor atuação sob meu comando). Muito passe certo, muito jogo de bola, muito domínio do que está fazendo, ter a noção do que você está fazendo. A única coisa que eu ainda cobrei no intervalo foi que nós dominamos o jogo, mas tínhamos que ser um pouco mais contundentes, deixar o goleiro sofrer um pouco mais. Muito chute de fora da área, que é uma coisa boa, fizemos gol de fora da área. Tecnicamente, foi o melhor jogo nosso, com saída de bola, envolvendo o adversário, trabalhando por trás, jogando o adversário para trás, só deixando a possibilidade de contragolpe para eles. Foi o melhor jogo nosso", começou por dizer.

"Eu acho que essa parte emocional, a instabilidade emocional, foi o ponto que nós mais trabalhamos para dar o equilíbrio. Em momento algum eu peguei algum jogador e coloquei exposto aqui. Sempre falava "calma, não vou falar nada aqui externamente". Quando eu faço uma palestra para os meus jogadores, eu entro e sento um pouquinho do lado deles para entender o que eu estou falando, como técnico, com o jogador. Tem coisas que não podemos falar porque está todo mundo de olho, todo mundo muito atento. Não vou chegar aqui "p**, meu jogador não jogou p** nenhuma, o outro não faz gol". Não é nada disso. Lá dentro do trabalho, aí o couro come, mas aqui, não", prosseguiu.

O comandante alvinegro ainda explicou uma de suas declarações dadas após a vitória por 2 a 1 sobre o São Paulo, na Arena, pelo jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil, onde se recusou a fazer análises do jogo. E, segundo Luxa, tudo tem um motivo, citando, inclusive, o técnico do rival, Dorival Júnior.

"Há muito tempo, em 1993, para ser mais exato, o Telê Santana fazia uma substituição que era característica dele: tirava alguém, colocava o Cafu para frente e entrava com o Vítor. Era uma característica. Aí eu falei "agora me preparei para isso aí". Hoje, quando falo que não quero falar análise de jogo aqui. Não entendem que, tudo o que eu falo aqui, os técnicos adversários, não só porque eu vou jogar contra o Dorival Júnior. "Por que você deixou o Adson jogando ou por que entrou dessa forma?" Vou jogar uma final daqui a pouco contra o São Paulo com Dorival Júnior, por que eu tenho que falar isso? Não tenho nada contra nenhum de vocês (jornalistas). Eu tenho o discernimento de entender o que representa vocês. Eu não vou facilitar a vida de quem vai jogar contra mim. Entendam que existem dois lados da moeda. Tudo o que o treinador fala aqui, está todo mundo escutando e observando, para poder saber como ele trabalha", justificou.

Por último, Vanderlei ainda foi questionado sobre o que viveu logo na sua volta ao Parque São Jorge, em maio, com uma enorme pressão da torcida por conta dos resultados negativos e negou que tenha "temido" a possibilidade de ser demitido por conta da sequência adversa que teve.

"Não tem que fazer reflexão nenhuma. Em momento algum eu falei aqui ou fiquei preocupado que eu seria mandado embora ou não, você não me viu falar isso em momento algum. O questionamento sempre foi externo, se tivesse que mandar embora, nada anormal do futebol. E se tivesse que buscar o resultado, como estamos buscando, também nada anormal. Então não tem que fazer reflexão, tem que trabalhar. Só tem uma coisa no futebol que dá resultado: trabalhar. Trabalhar, que o resultado vem. Se você está com dificuldades, trabalha. Aumentou a dificuldade? Trabalha mais. Aumentou, aumentou, aumentou? Trabalha muito mais. Aí a coisa acontece", finalizou.

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