Ganso comemora o seu único gol com a camisa do São Paulo (FOTO: Nelson Coelho/Diário SP)

O presidente do São Paulo, Juvenal Juvêncio, não esconde de ninguém que espera mais de Paulo Henrique Ganso. No entanto, o dirigente acredita em uma evolução do ídolo e faz um pedido para a torcida tricolor: um pouco mais de paciência com o Maestro.

“Não vou dizer que estou animado com ele. Ainda não. O Ganso não mostrou ser aquele grande jogador que é. Mas está faltando ritmo e esta retomada é penosa. É assim mesmo. Tem de jogar, porque dessa maneira vai se ajustando. Estou muito esperançoso”, afirmou Juvenal, que não deve contratar reforços para o São Paulo nos próximos meses.

“(Reforço) só se aparecer um milagre. Mas não vai. O nosso elenco é esse daí”, acrescentou o dirigente.

No ano passado, o Tricolor gastou R$ 23,9 milhões para contratar o então astro santista — sendo a maior transação na história do clube.

“Contra o Santos, jogaram moedas nele, isso o desestimulou um pouco. Mas há um reconhecimento nacional e até do exterior em relação à competência dele”, destacou Juvenal.

Sem limites/ Para a tranquilizar o camisa 8, Juvenal garante que não vai interferir no trabalho do jogador. Para sustentar a sua fé no meia, o dirigente o comparou com um ídolo do passado, o atacante Careca.

“A minha paciência não tem data para acabar. Eu me lembro de que o Careca ficou um ano aqui até deslanchar. Nós continuamos acreditando no Ganso, sem prazo”, garantiu.

No caso, Careca foi contratado pelo São Paulo em 1983, depois de brilhar no Guarani. Por causa de seguidas lesões, não repetiu logo de cara as boas performances de quando jogava em Campinas. Em seguida, já adaptado, ganhou o Paulistão de 1985 e o Brasileirão de 1986.

Com Ganso na reserva, o São Paulo encara a Ponte Preta, hoje, às 22h, no Morumbi.