Um requintado evento realizado em conjunto com a Penalty, no fim da manhã desta quinta-feira, no Estádio do Morumbi, empolgou Juvenal Juvêncio. Por cerca de 10 minutos, o presidente do São Paulo discursou e mais uma vez exaltou a vocação do clube em obter recursos a partir de casa, que passa por troca de cadeiras. Além disso, previu uma nova era para os clubes brasileiros com o Movimento Por Um Futebol Melhor, projeto idealizado pela Ambev em parceria com outras grandes empresas.

"Olha a modernidade desse estádio. É possível verificar hoje o volume de troca de cadeiras. Só na arquibancada foram 42 mil cadeiras. No (setor) intermediário, não sei quantas, e estamos hoje com o início da instalação de mais 10 cadeiras vindas do México. Se olharem para a esquerda, verificarão que ainda tem cadeiras azuis. Elas desaparecem nesses 15 dias e o estádio será todo de uma cor só. Da cor vermelha. Ele muda até a forma, visualmente, para uma visão arredondada", explicou inicialmente.

Na sequência, Juvenal exaltou as possibilidades comerciais e o orçamento que o São Paulo tem com o Morumbi. "Temos lojas, camarotes de bancos, livraria, bares. É arena multiuso. Em 1992, o estádio dava prejuízo e havia a ideia de que era próprio para a prática de futebol. E só. Implantamos o multiuso fortemente e o balanço do ano passado nos dá R$ 45 milhões de superávit com o estádio", disse o presidente.

Juvenal fala sobre o Movimento Por um Futebol Melhor
"O São Paulo acredita muito em uma coisa nova que está acontecendo e que não estou vendo muito 'vibrantismo'. Fazemos fé desse processo, do movimento que se inicia, que torne-se a maior renda de uma instituição do futebol. Fortemente", explicou. "Qualquer cidadão anônimo, do morro de palafita, 95% deles, se abordado, dirá que torce por um time de futebol. Essa é a nossa posição, nosso regionalismo, é a cultura brasileira. Mas ele não tem ligação com o clube que torce", prosseguiu Juvenal Juvêncio, com previsões otimistas.

"Com essa nova empreitada, vai haver união, vai ter documento do clube que torce, um RG. Não terá desembolso. O desembolso de R$ 30 retorna a ele à vista, ao fazer as suas compras. É ainda mais do que ele desembolsara. Acho isso um sucesso. O São Paulo adicionou no seu quadro até ontem à noite (quarta) 5,3 mil novos sócios-torcedores. Esperamos, sem falácia, 200 mil novos torcedores nessa empreitada inicial. Pode ser um novo oxigênio para o futebol brasileiro".

Lançado nesta última segunda-feira, em São Paulo, o "Movimento por um Futebol Melhor" tem como foco a captação de sócios e recursos por parte de 15 grandes clubes do futebol brasileiro. O projeto quer unir empresas para impulsionar as receitas dos times, de forma a beneficiar também as empresas parceiras – e, consequentemente, o torcedor/consumidor.

A meta do projeto é simples, mas arrojada: sem falar em prazos, o programa quer aumentar o número de sócios-torcedores dos clubes ligados a ele. Atualmente, segundo os números apresentados no evento, 350 mil pessoas fazem parte de algum tipo de plano de sócio-torcedor; a meta é chegar a 3,5 milhões de torcedores, de forma a gerar R$ 1 bilhão aos times vinculados.