Ainda sem nenhum título de grande expressão em 110 anos de história, o Tigre parece um rival pouco ameaçador para a tradição do São Paulo em competições internacionais. Porém, a pequena experiência do oponente desta noite não diminui a precaução do elenco tricolor em relação ao confronto. Afinal, como gostam de dizer os boleiros de plantão: não há mais bobo no futebol. “Hoje em dia, camisa não ganha jogo, tradição não ganha jogo. A seleção brasileira tem muita história e hoje ninguém respeita a seleção, vem para cima, querendo ganhar”, comparou o atacante Luís Fabiano.

Na Argentina, ele não espera por situação muito diferente do Tigre em relação ao São Paulo. “Não haverá respeito. Eles tentarão de tudo para sair com um bom resultado e a gente vai, no nosso trabalhinho, no nosso futebol, tentar dar uma surpresinha para eles”, emendou.

Retorno ao topo/ Tricampeão mundial — 1992, 1993 e 2005 —, o São Paulo espera encerrar na Sul-Americana seu jejum de títulos. Desde 2008, com o Brasileirão, o clube não conquista um troféu.
Além disso, depois da arrancada dos últimos três meses, elenco está com moral. “Vamos tentar conquistar esse título para coroar nossa temporada. Nosso segundo semestre foi excelente. Conseguimos a vaga na Libertadores, chegamos a esta final. Sabemos que está em nossas mãos. Agora, resta apenas jogar e fazer de tudo para ficar com a taça”, completou o camisa 9.

Artilheiro do Tricolor na temporada com 31 gols, o Fabuloso marcou apenas uma vez na Sul-Americana — na goleada por 5 a 0 sobre a Universidad de Chile, nas quartas de final —, e não pretende passar em branco na decisão. “Na semifinal (contra a Universidad Católica), não tive a felicidade de fazer um gol, mas final é diferente, espero ajudar”, afirmou o goleador.

O Tricolor começa a decidir o título nesta quarta, às 21h50, em Buenos Aires.