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Ex-jogadores da Católica querem revanche contra o São Paulo

Nelson Parraguez, ex-volante da equipe chilena na Libertadores de 1993, exalta a participação do ex-volante Toninho Cerezo no jogo e relembra da partida

Parraguez relembra da decisão da Libertadores de 1993 (Foto: Bruno Quaresma)



– Aquela final foi algo único. Eu me recordo das sensações, é inesquecível. Cada vez que vejo imagens e compactos chego a sentir sensações no corpo, e não só lembranças na cabeça.

Assim Nelson Parraguez define os dois jogos mais importantes da história da Universidad Católica. A derrota para o São Paulo na final da Libertadores de 1993 não é lembrada apenas pelo ex-volante, que hoje trabalha com as categorias de base do clube. Quem já trabalhava no clube duas décadas atrás também cita o confronto e se baseia na vitória por 2 a 0 em Santiago para acreditar que o mesmo pode acontecer hoje. Resultado que aconteceu depois do Tricolor golear por 5 a 1 no Morumbi e encaminhar o bicampeonato da América.

Parraguez recorda diversos detalhes daquele confronto. Desde o sentimento ao fazer o aquecimento no gramado do Morumbi, minutos antes da partida, com 100 mil pessoas cantando na arquibancada, passando por erro da arbitragem e por um adversário especial.
Raí? Müller? Zetti? Sim, todos foram decisivos, mas não tanto como Toninho Cerezo. Na época com 38 anos, o volante são-paulino é tido pelos jogadores daquele time da Católica como o maior responsável pelo título são-paulino. E Cerezo só disputou o segundo tempo da segunda partida, em Santiago.

– Estávamos com o domínio e vencendo por 2 a 0, mas Toninho Cerezo entrou no segundo. Ele entra baixa a cortina e põe gelo na partida. E mostra a nós toda sua qualidade e sua presença no campo. Ele mudou o jogo e a lógica da partida. O domínio da partida passou a ser dele, um dos maiores que já enfrentei. Antes já o admirava, depois passou a ser uma referência para mim – declara o ex-volante, que tem opinião compartilhada com o goleiro Óscar Wirth.

Parraguez tem o sentimento de revanche. Mas não tanto com o São Paulo, que ele considerava um dos melhores times do mundo em 1993. O ex-volante é grato por ter jogado uma final de Libertadores contra uma equipe tão forte. A revanche que toda a Católica quer é com a história. E a chance começa nesta quinta-feira.

Argentino ficou perto em 1993

O zagueiro argentino Sergio Vázquez, que atuou pela Universidad Católica na final em 1993, sente-se frustrado por não poder ter jogado pelo São Paulo. Ele diz que, meses após o bicampeonato tricolor, ainda na Católica, recebeu uma proposta para defender o São Paulo, que foi rejeitada pela diretoria chilena.

– Em 93, tive proposta do São Paulo. Telê Santana queria me levar para lá. Os diretores me disseram, mas não aceitaram. Como não gostaria de jogar pelo São Paulo? Era o futebol que eu gostava, técnico, rápido, mas infelizmente recusaram.
Para Vázquez, o São Paulo de 93 foi uma das melhores equipes da história.

– Perdemos para um dos melhores times que vi jogar. Quando o Raí fez o gol de peito, eu queria matá-lo. Mas depois ficamos amigos, era um jogador espetacular.

Bate-Bola
Nelson Parraguez - 41 anos, ex-volante da Católica, que hoje trabalha na base do clube

LANCE!Net: Qual é a primeira coisa que recorda quando falam da final de 93?
Nelson Parraguez: A jogada de Zetti, que pegou com a mão uma devolução (risos). Era falta para nós, mas não foi marcada. Depois me recordo dos gols, do gol de peito de Raí, dos gols que fizemos aqui em Santiago. Mas a situação que me marcou muito foi o ambiente do Morumbi. No aquecimento, vimos cem mil pessoas cantando, com uma efervescência enorme. Mas não acho que o lance de Zetti mudou a história do jogo.

L!Net: Há o sentimento de revanche?
NP: Sim, mas mais do que com o São Paulo, com a história. Para o clube é importante ter a possibilidade de jogar mais uma final e, se possível, ganhar. Quanto mais tenhamos momentos de vitórias esportivas, é melhor para a formação dos nossos jogadores e para o crescimento da instituição. Há coincidência de ser o São Paulo novamente, mas o mais importante é que estamos em uma situação muito importante e que termine da melhor maneira.

L!Net: Tem frustração pela derrota?
L!Net: Há uma sensação de frustração, principalmente pelo segundo jogo. Fica a análise de que se o resultado fosse 3 a 1 em São Paulo, poderia ser diferente. Se tivéssemos sido mais inteligente e tivéssemos jogado mais defensivamente poderíamos ter igualado a diferença. O único consolo é por ter enfrentado uma das melhores equipes do mundo e ter sido superior em Santiago.

L!Net: De quem esteve lá
L!Net: Ex-goleiro da Católica, além de Cafu e Zetti, contaram ao L! sobre a final de 1993:

QUEM ESTAVA LÁ

“Raí foi muito importante, mas Cerezo foi mais. Ganhávamos de 2 a 0, e ele entrou no segundo tempo. A experiência dele foi decisiva para controlar o jogo e diminuir nosso rendimento” Óscar Wirth, ex-goleiro da Católica, entre 1990 e 1993.

“Foi um jogo dificílimo, tomamos dois gols assim muito rápidos. Tínhamos feito um bom resultado no Morumbi, mas o fato de termos entrado um pouco relaxados complicou no jogo da volta” Cafu, lateral-direito do São Paulo entre 1989 e 1994, bicampeão mundial.

“Não dá para jogar bonito. Tem que entrar preparado para ter uma oportunidade e fazer o gol. Se a chance aparecer, tem que matar o jogo. É muita correria. Tem que ter cabeça para jogar” Zetti, ex-goleiro do São Paulo entre 1990 e 1996, bicampeão mundial.



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