Que Emerson Leão e Rogério Ceni nunca se deram bem, não é segredo para ninguém. Na noite desta quinta-feira, ao falar sobre a evolução do São Paulo na temporada e ao momento de alguns jogadores, o capitão tricolor voltou a falar do ex-treinador, que, em sua segunda passagem pelo clube, trabalhou por nove meses no clube e foi embora sem títulos e bastante criticado.

Durante a semana, Rogério Ceni foi citado por Osvaldo como uma das pessoas que mais o ajudaram durante o período em que ele não foi utilizado pelo ex-treinador. Ao comentar o assunto, o goleiro ironizou o ex-comandante.

- Hoje, falo que quero o Osvaldo dos últimos cinco, seis jogos. (Com Leão) ele vivia desanimado. Na época, falei para ele não baixar a cabeça, pois sabia como o outro treinador trabalhava. Agora, ele passou a ser nossa referência - afirmou.

Ceni diz que, além da evolução tática, outro aspecto tem fundamental importância no crescimento da equipe: a ausência de lesões musculares. Na época de Emerson Leão, hoje no São Caetano, os métodos utilizados por Fernando Leão, preparador físico e sobrinho do treinador, eram criticados nos bastidores do clube.
Dirigentes culpavam a comissão técnica pelo alto número de jogadores lesionados no primeiro semestre. O ex-treinador não gostava de poupar ninguém das partidas e chegou a dar coletivos em vésperas de jogos importantes.

- No começo, o negócio estava feio em todos os sentidos. Hoje o clima é muito melhor, e o Ney Franco colabora para isso. Temos menos lesões musculares, você não escuta mais falar disso - ressaltou Ceni.

O goleiro diz que a equipe está no caminho certo para fechar o ano comemorando o retorno à Taça Libertadores em 2013, seja via G-4 do Campeonato Brasileiro, seja com o título da Copa Sul-Americana.

- Crescemos como conjunto. É só ver que, mesmo sem o Lucas, o time conseguiu pontuar. Quando se muda o modo de pensar, o resultado vem. A equipe passou a ter mais comprometimento. Além disso, passamos a atuar com dois volantes que dão muita sustentação, que são Wellington e Denilson. Veja no Corinthians: todo o sucesso que eles tiveram passa por Ralf e Paulinho. Nosso time toma poucos gols. Precisamos melhorar apenas nossa consistência - finalizou.