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Wellington se inspira em Mineiro e Josué para triunfar no São Paulo

Jovem volante cita dupla campeã mundial em 2005 como exemplo e sonha repetir sucesso ao lado de Denilson: ambos são pratas da casa

Os são-paulinos ainda lembram com saudade dos volantes Josué e Mineiro, titulares e campeões mundiais pelo São Paulo em 2005. Por dois anos, os jogadores se tornaram referência no clube e até hoje são citados como pilares do time que conquistou o tricampeonato mundial para o Tricolor - inclusive pelos atuais donos das respectivas posições, Wellington e Denilson. O sonho dos novatos? Repetir o sucesso dos “veteranos”, que chegaram a atuar juntos até pela seleção brasileira.

Revelado pelas categorias de base do São Paulo, Wellington, atualmente com 21 anos, se profissionalizou em 2008. Ao contrário do atual parceiro, Denilson, de 24, também prata da casa tricolor, ainda não teve experiência internacional (Denilson jogou no Arsenal). Ainda assim, assegura: hoje, o desejo de ambos é o mesmo - fazer história com a camisa do clube que os projetou para o futebol.

- Eu gosto de jogar com o Denilson ao meu lado. Ele dá segurança. Marca e sai para o ataque, com um estilo muito parecido com o meu. Queremos mesmo relembrar Josué e Mineiro, uma dupla que fez sucesso aqui no São Paulo, que ganhou títulos. Nosso pensamento é repeti-los, levantando taças - afirmou, em entrevista exclusiva ao GLOBOESPORTE.COM.

A vitória por 3 a 0 no clássico contra o Palmeiras, no último sábado, animou ainda mais Wellington em relação à formação com dois volantes utilizada pelo técnico Ney Franco. Fazendo elogios a Maicon, seu concorrente por uma vaga no meio, o jogador exaltou como próprio trunfo a forte marcação, essencial ao time escalado com três atacantes.

– O time já vinha vencendo. Comigo, acho que temos mais proteção na marcação. Procuro não dar espaço para os meias. Quando a bola chega, já antecipo a jogada. Isso facilita para os atacantes também - afirmou.

Embora esteja jogando em uma posição mais defensiva no meio-de-campo, Wellington já passou por diversas outras funções na equipe. Atuou como lateral-direito, lateral-esquerdo, primeiro e segundo volante, e até mesmo mais adiantado, sob o comando de Adilson Baptista. Por isso, diz ter adquirido rodagem suficiente para se adaptar rapidamente às necessidades da equipe.
– Onde o professor Ney precisar, estou à disposição. Eu procuro me encaixar melhor na equipe, mas estou preparado para qualquer esquema tático. Quem decide é o técnico. Cada um tem seu estilo. O (Emerson) Leão tinha o jeito dele, agora o Ney tem outro. Tenho 21 anos e já passaram muitos jogadores e treinadores por aqui. Vou aprendendo muito com tudo isso.


Em 2005 e 06, Mineiro e Josué fizeram sucesso (Foto: Montagem sobre foto da Vipcomm)

Em fevereiro, a revelação são-paulina passou por um dos momentos mais difíceis de sua ainda curta carreira. Wellington lesionou o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo durante treinamento no CT da Barra Funda e precisou ser submetido a cirurgia e a um longo processo de recuperação. Em junho de 2010, o atleta já havia sofrido lesão semelhante enquanto treinava com a Seleção Brasileira sub-19. Na ocasião, o tempo de recuperação foi de oito meses.

À época, o jogador era destaque da equipe no Campeonato Paulista, o que tornou as coisas ainda mais difíceis. O retorno seria após seis meses, na vitória por 4 a 0 sobre o Botafogo. Hoje, ele lembra com bom humor do doloroso processo de recuperação, que compara a uma tortura.

– Não tinha muito o que fazer. Era só ficar de repouso, assistindo a todas as novelas e a todos os filmes. É ruim demais não poder ajudar os companheiros dentro de campo. Foi um obstáculo superado na minha vida. Naqueles seis meses, eu não sabia o que fazer, fiquei completamente perdido – desabafou.
Em condições plenas, Wellington mira um objetivo especial neste fim de temporada: recolocar o São Paulo na Taça Libertadores da América, competição vencida pelos ídolos Josué e Mineiro há sete anos e da qual o Tricolor está afastado desde 2010.

- Precisamos chegar ao G-4 e garantir essa vaga. Um clube do tamanho do São Paulo não pode ficar fora da Libertadores jamais. O título está difícil, porque os primeiros colocados estão muito à frente, mas temos de nos esquematizar bem para subir na tabela. Temos plenas condições de estar entre os quatro melhores.

Quinto colocado, com 46 pontos, quatro atrás do Vasco, o São Paulo protagoniza “jogo de seis pontos” com o time carioca nesta quarta-feira, às 22h, no estádio de São Januário. Com um retrospecto apenas regular como visitante, a equipe de Ney Franco, invicta há quatro jogos no Brasileirão, tem a chance de ficar a apenas um ponto da zona de Libertadores.

*Rodrigo Faber colaborou sob supervisão de Zé Gonzalez

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