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Paulo Miranda ressurge no São Paulo e é o melhor zagueiro nas notas do L!


Cinco meses atrás, se alguém dissesse que Paulo Miranda chegaria na reta final do Campeonato Brasileiro como um dos melhores zagueiros da competição não seria levado a sério. Mas o tempo passou e muita coisa mudou para o camisa 13 do São Paulo, que chegou a ser afastado pela diretoria e se tornou, na última rodada, o defensor com melhor média nas avaliações feitas pelo LANCE!.

O zagueiro não sabia do fato quando foi procurado pela reportagem, nesta segunda-feira, no CT. Agora, isso se torna um estímulo a mais para ele manter o nível das atuações:

– Para mim é importante e fico bastante feliz. Isso faz com que, a cada partida, eu venha a crescer e procurar manter. Quero estar sempre à disposição e sempre honrando a camisa do São Paulo. Fico muito feliz por essas notas.

Rafael Toloi e Rhodolfo não usam as camisas 3 e 4, respectivamente, por acaso. Eles são os titulares da defesa são-paulina. No entanto, o bom desempenho de Paulo Miranda obrigou Ney Franco a encontrar uma posição para ele. E sobrou para Douglas, que perdeu seu espaço na lateral direita do time.

Nesta quarta-feira, diante do Vasco, Paulo Miranda fará sua terceira partida consecutiva no setor. No Choque-Rei do último sábado, foi avaliado com nota 7,5 porque foi eficiente nos desarmes, quase marcou seu gol e ainda deu assistência para Luis Fabiano fazer o terceiro na goleada por 3 a 0 sobre o Palmeiras.

– A gente vem fazendo a função que o professor vem pedindo. Isso está dando certo e tenho certeza que as coisas agora só têm a melhorar – comemorou o defensor, satisfeito com seu posicionamento.

Depois do clássico, Rogério Ceni o comparou com Diego Lugano, maior ídolo recente da defesa são-paulina. Isso porque quando chegou ao clube, em 2003, o uruguaio demorou para se firmar e foi muito contestado, antes de se destacar na conquista da Libertadores e do Mundial de 2005.

Ele participou de 14 jogos neste Brasileirão e marcou um gol. Toloi e Rhodolfo foram suspensos duas vezes na competição, Paulo Miranda, só uma. Após quase deixar o São Paulo pela porta dos fundos, o zagueiro e lateral-direito é peça importante na arrancada final.

Concorrência no Tricolor - De acordo com as notas do LANCE!, Rafael Toloi é o são-paulino que mais se aproxima de Paulo Miranda:

6,3 - Paulo Miranda: “Soberano”, o camisa 13 do Tricolor lidera com sobra no elenco, apesar de ter jogado somente a metade de rodadas do Brasileirão.

5,8 - Rafael Toloi: Contratado junto ao Goiás, Toloi chegou com o torneio em andamento e já conquistou espaço na equipe. Nas notas, só fica atrás de Paulo Miranda.

5,7 - Rhodolfo: Defensor que está há mais tempo no grupo, Rhodolfo “persegue” Toloi na briga para ver quem faz dupla com Paulo Miranda pelas maiores notas.

5,6 - João Filipe: Com a chegada de Ney Franco, João Filipe ganhou algumas oportunidades entre os titulares. Porém, não vem sendo aproveitado ultimamente.

5,4 Edson Silva: É o zagueiro que menos atuou pelo São Paulo neste Brasileirão. No último sábado, fez ótima partida contra o Palmeiras.

Concorrência nacional
6,2 - Gum: O zagueiro do Flu jogou praticamente todos os jogos do Brasileirão (26) e, na avaliação do LANCE!, é o segundo melhor do setor.

6,1 - Leonardo Silva: O jogador do Galo é o defensor que mais ameaça Paulo Miranda e Gum para entrar na seleção do campeonato.

6,0 - Chicão: Disputou apenas uma partida a mais (15) que o zagueiro são-paulino e, mesmo assim, vem mantendo uma boa média no Brasileirão.

6,0 - Leandro Euzébio: Tem o mesmo número de jogos de Chicão, mas assim como Gum tem ido bem. Não à toa, o Tricolor carioca tem a defesa menos vazada do torneio.

5,9 - Réver: Jogou 21 partidas na competição e, ao lado de Leonardo Silva, vem atuando bem, além de compor a segunda defesa menos vazada do Brasileiro.


Zagueiro foi de titular a afastado pela diretoria e quase deixou o clube antes de se reerguer

Início da temporada
Paulo Miranda foi estrear pelo São Paulo apenas na quarta rodada do Paulistão deste ano, em razão de uma lesão na pré-temporada. Assim que o zagueiro ficou à disposição de Leão, o técnico bancou sua escalação e sempre mostrou confiança no defensor.

Afastado na Copa do Brasil
Antes do primeiro jogo das oitavas de final da Copa do Brasil, contra a Ponte Preta, no Moisés Lucarelli, a diretoria do São Paulo interveio na escalação da equipe e optou por afastar Paulo Miranda, que seria titular. A atitude, capitaneada pelo presidente Juvenal Juvêncio, revoltou Leão, que criticou publicamente a cúpula são-paulina, que justificou o afastamento principalmente pelas falhas cometidas pelo camisa 13 contra o Santos, na semifinal do Paulista.

Retorno após classificação
Afastado no jogo de ida das oitavas da Copa do Brasil, Paulo Miranda voltou a ficar à disposição de Leão depois que o Tricolor conquistou a classificação às quartas contra a Macaca, no Morumbi. O anúncio foi feito pelo vice-presidente de futebol do clube, João Paulo de Jesus Lopes, após a partida, ainda nos vestiários do Cícero Pompeu de Toledo.

‘Geladeira’ e superação
Com a demissão de Leão e a chegada de Ney Franco, Paulo Miranda ficou dez partidas sem jogar pelo Brasileirão. Cogitou deixar o clube e recebeu duas propostas para sair do Brasil. Uma do Mallorca (ESP) e outra de um time do Kuwait. No entanto, o zagueiro permaneceu e reconquistou seu espaço no São Paulo.

Com a palavra, Emerson Leão, ex-técnico do São Paulo:

"Se eu estava certo em relação ao Paulo Miranda? Acho que um treinador de uma grande equipe ou de um time pequeno tem que dar sempre condições de seu atleta se apresentar bem. A maior prova disso é dar confiança a ele. E eu simplesmente fiz isso e o banquei no time. E deu certo.

Estou sorrindo internamente porque alguns imbecis falaram que ele não era atleta para o São Paulo. Acho que cada um deve se olhar no espelho. O São Paulo é um fato passado para mim. Fico feliz que (o Paulo Miranda) esteja jogando e desejo muita sorte a ele, independentemente da posição.

Eu sou um treinador de futebol e de atletas, não de dirigente. Minha conversa com o São Paulo continua dia 15, no tribunal."

Nota da Redação: Emerson Leão entrou com processo contra o São Paulo depois que foi demitido do clube, no dia 4 de julho. O contrato entre as duas partes não previa multa, mas o treinador, hoje no São Caetano, diz que tem direito a receber o valor referente ao salário até o fim deste ano, quando terminava o vínculo. Na visão do jurídico do Tricolor, isso não procede porque não estava previsto no contrato.


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