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Soberano dentro do Morumbi

O São Paulo perdeu chance histórica. Se tivesse um tostão mais de apetite, teria aplicado uma grande goleada. Com a vitória por 3 a 0 sobre o Palmeiras, manteve a quinta colocação no Campeonato Brasileiro e chegou ao 19 jogo consecutivo em casa sem perder para o adversário.
Desde 2002, foram 12 vitórias e sete empates, com 37 gols marcados e 16 sofridos.

A retranca planejada por Gilson Kleina era legítima. Barcos, isolado na frente, é um atacante capaz de fazer o pivô, segurar a bola e esperar pela chegada dos meias. Mas a tática não deu certo e o argentino deve ter saído do estádio e tomado comprimido de Prozac para combater a depressão. Sua solidão no ataque era comovente.

O papel de aproximação deveria ter sido feito por Valdivia, mas o chileno teve outra atuação anônima. Foi desarmado todas as vezes.
Lucas não tomou conhecimento da marcação de Juninho desde o primeiro minuto e o Tricolor criou chances. Bruno realizou boas defesas e evitou o pior. Se o sistema de marcação no meio-campo fosse eficiente, os visitantes poderiam até segurar o empate ou beliscar um gol em uma jogada de contragolpe.

Quando Luís Fabiano abriu o placar, aos 34 minutos, não havia mais caminho de volta para o Palmeiras. Isso ficou claro quando Denilson apanhou rebote e chutou de longe. Muito longe. Tão distante que 99 em cada cem arremates daquele tipo vão parar só na arquibancada. Mas o volante acertou na gaveta e fez um golaço: 2 a 0.

Sem saída/ O toque de bola do São Paulo envolvia o adversário, que não conseguia acionar Barcos. Exasperado, o argentino tentava chutes do meio de campo. No intervalo, Kleina colocou Tiago Real, meia que deu mais dinâmica à equipe. Mas Artur acabou expulso logo aos 8 minutos do segundo tempo. Foi a pá de cal. Marcos Assunção continuou desaparecido do gramado e Valdivia, perdendo todas as bolas.

Luís Fabiano fez o terceiro e o São Paulo se limitou a tocar a bola, sem pressionar. Ficou tão óbvio que um time não queria atacar e o outro não conseguia que o juiz Paulo César Oliveira encerrou o clássico cinco segundos antes dos 45 minutos.


Valdivia e Juninho preocupam em ‘decisão’
Não bastasse a derrota e a forma como aconteceu, Gilson Kleina tem preocupações para montar o time para pegar o Coritiba, na quinta-feira. Confronto direto entre candidatos ao rebaixamento. Valdivia saiu de campo carregado. Sentiu o joelho esquerdo após choque com Paulo Miranda dentro da área.
“Ele bateu o joelho no chão na queda. Aparentemente, é entorse. Vamos realizar exame para ver do que se trata”, disse o médico do Palmeiras, Otávio Vilhena, na saída do gramado.
Até mesmo o técnico do Verdão reconheceu ter sido um acidente. Uma divida forte, mas sem maldade. “Deve ter doído. Para ele ter deixado o time com nove em campo naquela situação, deve ter sido algo sério”, opinou Rogério Ceni, declaração que foi interpretada como provocação. O goleiro não esclareceu o assunto, embora seu tom de voz não demonstrasse isso.
Outro que também pode desfalcar o Palmeiras na próxima rodada é Juninho. Ele teve de sair no intervalo com dores no músculo adutor da coxa esquerda.
“Complica, neste momento. Vamos esperar para ter uma noção melhor da condição física dos atletas”, despistou Kleina. A situação deve ficar mais clara na reapresentação do elenco, amanhã.



Luís Fabiano volta a sentir dores
Mais uma vez Luís Fabiano deixou o campo com a ameaça de não enfrentar o Vasco na próxima rodada. O camisa 9 sentiu cãimbras e foi substituído por Willian José nos minutos finais. “Isso é normal, cãimbra é fadiga muscular. Luís Fabiano é um jogador que, desde que chegou aqui, praticamente só joga, não treina. Tomara que ele possa jogar na quarta-feira porque é um jogo muito importante para nós", disse o técnico Ney Franco.

Opinião
Alex Sabino
Palmeiras e o mistério de Valdivia
Um dos grandes mistérios do futebol, pelo menos para mim, é por que Valdivia é ídolo da torcida do Palmeiras. Não é possível que, nas categorias de base do clube, não exista um meia capaz de produzir mais para o time, ainda mais em momento tão delicado. A pífia atuação do chileno ontem à tarde, no Morumbi, não foi exceção. É regra. Não que ele seja tecnicamente ruim. A seu favor está o fato de que, ao se movimentar, consegue escapar da marcação. Mas quase sempre, ao receber a bola, a toca de lado. Não busca passe mais difícil (e eficiente). Quando tenta a jogada individual, é desarmado. O Palmeiras merece e precisa de mais.


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