O Galo entrou em campo para atacar e o São Paulo apostou nos contragolpes.
O time de Cuca, superior do primeiro ao último minuto, não correu riscos na defesa, porém sofreu muito para criar chances de gol.
O São Paulo se defendeu bem na maior parte do tempo.
O Galo teve sua missão de vencer simplificada pela arbitragem de Sandro Meira Ricci.
O sujeito do apito expulsou injustamente Douglas e usou critérios diferentes na hora de dar cartões.
O Atlético de novo mostrou que é capaz de se defender e atacar com qualidade.
O São Paulo oscila bastante e costuma fazer só uma das coisas de maneira correta. No independência, por exemplo, foi inoperante de posse da bola.
Os atleticanos continuam fortes na luta pelo título e o time são-paulino busca o equilíbrio coletivo para lutar por vaga na Libertadores.
Escalações
Atlético – MG – Victor; Marcos Rocha, Réver, Leonardo Silva e Junior César; Pierre e Leandro Donizete; Guilherme, Ronaldinho e Bernard; Leonardo
São Paulo – Rogério Ceni; Douglas, Tolói, Paulo Miranda e Cortez; Wellington, Casemiro e Maicon. Jadson e Lucas; Osvaldo
Propostas antagônicas e missões cumpridas parcialmente
Guilherme foi o titular da linha de três no 4-2-3-1 do Galo. Ronaldinho, centralizado, e Bernard, na esquerda, formaram o trio criativo do meio de campo.
Danilinho, por opção de Cuca, ficou na reserva. O treinador escolheu Leonardo para o lugar de Jô, que ainda não se recuperou de lesão.
Ney Franco escalou Paulo Miranda e Osvaldo nas vagas dos machucados Rhodolfo e Luís Fabiano. Wellington iniciou no lougar de Denilson, suspenso.
As equipes entraram em campo com propostas antagônicas.
O Galo marcou bem à frente. Pressionou a saída de jogo são-paulina, se preocupou em manter a gorduchinha no campo de ataque e tomou a iniciativa de buscar o gol.
Usou bastante os lados, pois Cuca conhece as avenidas Douglas e Cortez.
Seus comandados obedeceram, porém só conseguiram cumprir metade da missão.
Acertaram na parte defensiva e os adversários, sem alternativas, apelaram para os lançamentos longos, aqueles tradicionais ‘chutões’.
A posse atleticana da esférica foi maior que a dos visitantes e a equipe passou bastante tempo com ela trocando passes no campo de ataque.
Para Cuca aplaudir seus comandados, faltou eles criarem chances de gols. A superioridade não produziu nada que mereça destaque.
O São Paulo cumpriu parte dos planos de seu comandante.
Diferentemente dos anfitriões, aguardou na linha que divide o gramado para tentar roubar dita cuja.
Osvaldo e Lucas, pelos lados, e Jadson, centralizado, começaram a marcação. Atrás deles, Wellington, Casemiro e Maicon protegeram os zagueiros e laterais.
Cortez, um pouco perdido, ficou entre aa linha de defesa e do meio. Os principais cruzamentos do Galo nasceram no setor onde o ex-botafoguense joga.
Guilherme, mal no confronto, não aproveitou o espaço. Marcos Rocha, eficaz no apoio, teve que se priorizar os desarmes.
A forma como o São Paulo entrou na partida exigia contragolpes rápidos e perigosos.
Ney Franco apostou nisso. Tanto é que Osvaldo foi o único a ficar realmente no ataque e Lucas teve liberdade para avançar.
Osvaldo tentou explorar o espaço que supostamente Marcos Rocha, se apoiasse bastante, deixaria.
O São Paulo também só cumpriu parte de seus planos.
Se defendeu tal qual necessário, todavia foi inoperante no contra-ataque.
Arbitragem prejudica o São Paulo
O Galo era superior e não criava nada. Tinha obrigado Rogério Ceni a fazer uma grande intervenção, na cobrança de falta de Ronaldinho, infração que não existiu.
Aos 27, o soprador cometeu um erro grave.
Interpretou mal o lance e ainda foi muito incoerente.
O lateral Douglas foi na bola, chegou atrasado,escorregou e derrubou o adversário com o corpo. Merecia o amarelo, só que Sandro Meira Ricci deu o cartão vermelho.
O apitador, aos 14 minutos, viu Ronaldinho perder a esférica para Casemiro e dar um carrinho no são-paulino. O veterano entrou, de propósito, para pegar o rival. A chance de o volante se machucar, se não pulasse, era enorme.
Ronaldinho merecia o amarelo e não foi punido.
A expulsão de Douglas aconteceu no momento em que Ney Franco ia tirar Maicon e colocar Ademilson para adiantar a marcação e reforçar o contragolpe.
O treinador, por conta da falha do sujeito do sopro, foi obrigado a recompor o sistema defensivo com Edson Silva, ao invés de fortalecer o ofensivo com Ademilson.
Na mesma
Obviamente, o Galo, que era superior e atacava mais com 11 atletas de cada lado, insistiu na forma de atuar e continuou melhor até o fim da etapa incial.
Só teve uma chance, no contragolpe, desperdiçada por Guilherme.
O São Paulo tentou segurar mais a bola no meio para evitar a pressão atleticana.
Ainda melhor
Neto Berola voltou do intervalo no lugar de Guilherme. Ele executou a mesma função de do titular, contudo inverteu de lado com Bernard algumas vezes.
A entrada dele melhorou o sistema ofensivo atleticano.
O Galo sofreu para criar, entretanto exigiu mais dos defensores são-paulinos.
O gol
Aos 17, Bernard cruzou e Leonardo, de cabeça, fez seu primeiro gol pelo Atlético. Tolói perdeu para ele.
Superior e perigoso
O gol forçou o São Paulo a atacar e a deixar espaços.
O Galo, mais bem entrosado e diante de seus torcedores, recuou um pouco, deu campo ao rival, apostou nos contragolpes, cresceu no confronto e levou bastante perigo.
Criou boas chances de ampliar a vantagem.
Aos 27, Ney Franco arriscou ao colocar Ademilson no lugar de Casemiro.
Aos 30, Escudero substituiu Bernard.
Aos 33, Neto Berola acertou a trave. O chute era indefensável. Rogério Ceni contou com a sorte para não sofrer o segundo gol.
Aos 34, Paulo Assunção entrou na vaga de Wellington.
Aos 40, Leonardo quase balançou a rede.
Aos 42, o centroavante saiu e Richarlyson entrou para reforçar o sistema defensivo.
O São Paulo, inofensivo no ataque, avançou muito e apelou aos cruzamanetos, pois não foi capaz de entrar com a bola dominada na área do Galo.
Nos acréscimos, Neto Berola quase fez 2×0 depois do erro de Paulo Assunção.
O segundo tempo atleticano foi bem melhor que o primeiro. Com um pouco mais de sorte, faria outros gols.
Rogério Ceni jogou bem na etapa complementar. Merece leogios pela apresentação.
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