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Galo aproveita expulsão bizarra, bate o São Paulo e segue na cola do Flu

Sandro Meira Ricci dá vermelho a Douglas por 'escorregão'. Com um a menos, Tricolor não resiste à força do Atlético-MG no Independência

Lance capital

25 min

O lateral Douglas, do São Paulo, foi expulso após escorregar e acertar um carrinho sem querer em Leandro Donizete. Daí em diante, só deu Galo.

Nome do jogo

Leonardo

O atacante foi o único a conseguir passar pela bem postada defesa do São Paulo. Depois de muitas tentativas, o gol veio em um cabeceio.

Arbitragem

Sandro Ricci

A expulsão de Douglas entrou para o hall das mais grotescas da história: o lateral escorregou e trombou com o adversário. Levou vermelho direto...

O Atlético-MG segue absoluto como mandante. O Galo teve sua invencibilidade em casa neste Brasileirão colocada à prova pelo São Paulo, nesta quarta-feira. A vitória do vice-líder veio com um gol de Leonardo, mas só chegou depois de muitas investidas contra a defesa tricolor e depois de “uma mãozinha” do árbitro Sandro Meira Ricci. Em um lance bizarro, o juiz expulsou o lateral Douglas, do Tricolor, e mudou o rumo da partida. Melhor para o Galo, que continua na briga pelo título.

O adversário do Galo na noite era o São Paulo, o único time a superar os mineiros no primeiro turno. No entanto, os atleticanos entraram em campo preocupados não com uma revanche – os jogadores até trocaram abraços antes de a bola rolar -, e sim em se manter perto da liderança. Horas antes, o Fluminense venceu a Portuguesa, abriu vantagem na ponta da classificação e colocou a pressão para o Galo. Com uma “ajudinha” do árbitro, os mineiros venceram e deram o recado ao Flu: o Atlético-MG está bem vivo no páreo pelo título nacional.

Com a revanche sobre o São Paulo, o time do técnico Cuca alcançou os 51 pontos e segue na cola do tricolor, que tem dois pontos a mais. O Galo tenta retomar a ponta na próxima rodada, quando encara o Náutico, às 16h do domingo, nos Aflitos. Além de vencer fora de casa, o Atlético precisa de um tropeço do Fluminense diante do Atlético-GO, em Volta Redonda, no sábado.

O Tricolor, por outro lado, vê o G-4 ficar mais distante. A equipe estaciona nos 36 pontos e na sexta colocação, só que agora a distância para o Vasco – último do G-4 é de seis pontos. O time do Morumbi espera que a série de dois jogos em casa possa levá-lo de volta à briga por uma vaga na Taça Libertados de 2013. O primeiro desses jogos será contra a Portuguesa, às 18h30m do sábado. No fim de semana seguinte, o adversário será o Cruzeiro.



Ataque contra defesa

Invicto em casa, o Atlético não demorou para mostrar sua força. Explorando as bolas levantadas na grande área, os mineiros exigiram muito da defesa tricolor, que havia ensaiado bem o adversário. Os são-paulinos tiveram de recuar, mas conseguiram frear as investidas atleticanas. E quando a defesa falhou, aos 13 minutos, lá estava Rogério Ceni para evitar que Leonardo recebesse cruzamento de Guilherme. Os visitantes se dedicavam, afinal, pontos fora de casa – artigo raro para o Tricolor neste Brasileiro – podem ser fundamentais para chegar ao G-4.

A partida caminhava para um jogo burocrático, com os donos da casa agredindo mais, mas parando na concentrada zaga tricolor. Até que o primeiro protagonista da noite entrou em cena: o árbitro Sandro Meira Ricci.

Aos 25 minutos, o técnico Ney Franco já aprontava o atacante Ademilson para deixar o São Paulo mais ofensivo. Teve de mudar de ideia por causa de uma falha grotesta da arbitragem. Ao tentar roubar a bola de Leandro Donizete, Douglas escorregou e acabou dando um carrinho sem querer no volante atleticano. Foi uma cena de comédia pastelão. Plasticamente, para quem não entende de futebol, parecia uma falta feia. Não foi. Douglas não teve intenção nenhuma em derrubar o adversário. O escorregão foi claro. Mesmo assim, Sandro Meira Ricci expulsou o lateral tricolor, que nem tinha cartão amarelo.

O polêmico lance gerou muitos protestos dos tricolores. Ronaldinho Gaúcho havia dado um carrinho semelhante - e por querer - em Casemiro minutos antes, e o árbitro só sinalizou a falta. As reclamações de nada adiantaram. Ney Franco teve, então, de colocar o zagueiro Edson Silva em campo no lugar de Maicon, e Ademilson voltou para o banco. O jogo, a partir daí, passou a ser apenas o ataque do Galo contra a defesa tricolor.

Com um a menos, na casa do vice-líder do Brasileiro, o São Paulo não encontrou forças para atacar. Lucas, que voltou da Seleção, mal apareceu na partida. Bernard e Ronaldinho, por outro lado, puxaram a artilharia atleticana. O anfitrião tentou de todos os jeitos. Na bola para de R49, na velocidade de Bernard no contra-ataque. No entanto, a defesa tricolor e principalmente Rogério Ceni garantiram o 0 a 0 no primeiro tempo, apesar da pressão atleticana.

Gol e alívio

Como o Galo não conseguiu converter os 64% de posse de bola em vantagem no placar no primeiro tempo, o técnico Cuca decidiu trocar uma peça de ataque: sacou Guilherme para a entrada de Neto Berola. Só que foi o setor ofensivo tricolor que cresceu – ainda que pouco. Aproveitando a velocidade de Osvaldo pelas pontas, o visitante enfim conseguiu chutar em gol no início da etapa complementar, mas nada que assustasse o goleiro Victor. As investidas perigosas continuavam sendo do Atlético.

O Galo cercou a defesa tricolor na grande área. Leandro Donizete, Neto Berola e até o zagueiro Réver, de cabeça, chegaram perto do gol. Ceni e os beques são-paulinos se defendiam como podiam, até que, aos 16 minutos do segundo tempo, não foi mais possível para a artilharia atleticana. Apareceu o segundo protagonista do jogo: Leonardo. Mesmo cercado por três são-paulinos, o atacante subiu mais que a defesa para completar o cruzamento de Bernard. O cabeceio à queima-roupa não deu chances a Rogério Ceni. Foi o primeiro gol de Leonardo pelo Galo.

A vantagem no placar, conquistada depois de tantas tentativas, fez o Galo se acalmar. O time do técnico Cuca recuou e permitiu o crescimento do São Paulo. Nada, porém, que ameaçasse a vitória atleticana. O Galo ainda desperdiçou diversas chances. Neto Berola chegou a carimbar a trave de Rogério Ceni, aos 33 minutos do segundo tempo. Mas a vitória por 1 a 0, vendida a preço caro pela defesa do São Paulo, já deu o alívio necessário ao Atlético para continuar na briga pelo título nacional.

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