O futebol é um esporte coletivo e quando essa máxima não é transferida para dentro de campo o time dificilmente será vitorioso. O São Paulo, assim como muitos outros times desse Campeonato Brasileiro, é extremamente dependente de seus principais jogadores, que estão muito acima dos demais atletas do elenco.

Sem o Lucas, que foi ausência na última partida diante do Internacional e também desfalcará o time contra o Santos, o time do Ney Franco deixa de ser comum e se torna fraco. A bola não chega no centroavante e ficamos refém das oscilações do Jadson, que joga uma partida bem e em outras dez desaparece. Sem o Luís Fabiano, temos 90% menos chance de fazer gol, pois no elenco do São Paulo só tem o jovem Ademílson, o "coringa" nem sempre eficaz Cícero e o péssimo William José. Aliás, a torcida teria motivos para sorrir se todo problema fosse esse, mas também não temos reserva para o irregular Jadson, nas laterais o Douglas e o Cortez são soberanos, pois nenhum treinador ainda teve a coragem de dar uma sequência de jogos ao Lucas Farias ou ao Henrique Miranda, na zaga só temos dois jogadores confiáveis, quando um deles não joga, o torcedor já sabe que vai levar muitos sustos durante a partida e pra piorar, nosso treinador insiste em escalar o Paulo Assunção, que eu nem sei como virou jogador. Só pra se ter uma ideia, o Internacional teve sete desfalques contra o São Paulo e mesmo assim escalou uma equipe que foi mais eficaz no toque de bola, na marcação, nos ataques pelas laterais e no jogo aéreo e mesmo sofrendo uma pressão do nosso desorganizado time, conseguiu arrancar um precioso empate no Morumbi. Estou falando do Internacional, que nem está brigando pelo título! Será que nossa diretoria não para pra pensar nisso? Muito se fala em Ganso, Kaká e Lugano, que se viessem em 2013 deixariam nosso time forte, mas pra ser campeão temos que ter um elenco forte, o que temos agora é muito pouco para a grandeza do São Paulo Futebol Clube. Ainda assim, se o Lucas continuar jogando bem, o Luís Fabiano conseguir uma sequência de jogos e quem sabe, o tal do Cañete for um craque, contando também com a irregularidade do nosso principal adversário hoje, o Vasco, dá pra acreditar em vaga na Libertadores, embora esteja bem difícil.

Mudando de assunto, o quê está acontecendo com o Cortez? Como esse jogador caiu de produção nas últimas partidas e, especialmente contra o Internacional, sua atuação foi ridícula. Tudo bem que o esquema tático adotado pelo Ney Franco não o favorece, mas nem mesmo sua habitual garra está sendo vista. O Cortez virou um Casemiro: desinteressado, embora talentoso. Também é de se destacar, ou melhor, lamentar, a falta de respeito da principal torcida organizada do São Paulo em relação ao Luís Fabiano, que não tem mais seu nome gritado na arquibancada laranja. Se o Fabuloso não foi bem em todos os jogos da temporada (quem foi?), pelo menos nunca lhe faltou orgulho de vestir o manto tricolor. É bom lembrar também que a média de gols dele nessa temporada é ótima e em clássicos o cara arrebenta. Não sei se a bronca com o Luís Fabiano é de toda a torcida, mas os líderes da Independente preferem jogar a responsabilidade do fracasso do time até agora nele do que na diretoria, que não contrata, não cobra e não se importa com o torcedor.

Por fim, hoje é dia 07/09, data em que se comemora a independência do Brasil, mas para os são-paulinos algo muito mais importante: a chegada do M1TO Rogério Ceni ao clube. Em 2012, o Rogério completa 22 anos de dedicação ao São Paulo Futebol Clube e todos nós esperamos que ele ainda tenha muitas alegrias defendendo a meta tricolor.