A situação do São Paulo sob o comando de Ney Franco piorou muito dentro da temporada. As três derrotas seguidas no Brasileirão provam isso.

O time continua sem padrão tático nenhum, a exemplo do que ocorria com Emerson Leão, mas com o agravante de ter despencado na tabela de classificação, com o titulo muito distante e a vaga na Libertadores sobre grande risco.

Culpa só do treinador? Lógico que não. O azar tem conspirado em alguns momentos, principalmente em relação às contusões. Os jogadores têm grande parcela nesta fase negra, pois em campo tem perdido de goleada de muitos adversários no quesito vontade.

Tenho muitas duvidas se Cortês é melhor que Junior César e até mesmo que Juan, laterais que deixaram o clube recentemente.

E Maicon? Será que fica devendo para Carlinhos Paraíba? Osvaldo, que não consegue se firmar é tão melhor assim que Marlos?

Edson Silva e Paulo Miranda são superiores a Xandão? E Paulo Assunção poderá provar que tem mais futebol que Jean?

Estas dúvidas mostram que a diretoria do clube cometeu muitos erros na montagem do elenco. E mais, que supervalorizou o atual elenco.

Tenho pena, e pena no futebol às vezes é um sentimento depreciativo, de Rogério Ceni. O capitão chegou a acreditar que o time de 2012 poderia lhe dar as últimas alegrias como profissional no retorno da contusão. Pura ilusão. Esse elenco poderá sim antecipar o fim da carreira do arqueiro.

E tem outra coisa. Ney Franco tem se apoiado muito nas voltas de Lucas, Luis Fabiano e Wellington para a reação completa. Mas o risco é grande nessas apostas.

Senão vejamos: Lucas já está vendido e ninguém pode garantir que ele, já com a cabeça na Europa, vai jogar da mesma forma que vinha jogando antes da negociação.

Luis Fabiano é um artilheiro, mas tem passado muito mais tempo no Departamento Médico do que nos gramados. Ele não consegue engatar uma seqüência de jogos e isso deixa o torcedor desconfiado.

E Wellington, é bom lembrar, vem de uma inatividade de mais de 6 meses, de uma cirurgia, e nos primeiros jogos certamente sentirá esse tempo todo de ausência.

Depois da partida em Recife, na derrota desastrosa para o Náutico, o diretor Adalberto Batista subiu ao gramado e mostrou-se inconformado com a desempenho da equipe que ele ajudou a montar. Chegou a derramar lágrimas.

Gostei de voltar aos Aflitos. O gramado melhorou bem desde a última vez que eu tinha trabalhado no estádio pernambucano.

O técnico Gallo vem fazendo um bom trabalho na equipe do Náutico, principalmente nos jogos em casa, onde o Timbu não se mostra intimidado com a presença de grandes equipes e parte para cima.

Aliás, as vitórias em casa são 5 em 8 partidas, e poderão ser a chave da permanência do time pernambucano na elite do futebol brasileiro em 2013.

Só fiquei impressionado com o despreparo do segurança do time local na porta do vestiário do São Paulo ao final da partida. Arrogante, prepotente, querendo dar ordens na coletiva do time paulista como se mandasse em alguma coisa.

O atacante Betinho, do Palmeiras, tem uma divida de mais de 300 reais no bar do Náutico. E desde 2005, quando passou pelo Alvirrubro.

Na época, antes de sair, pagou 158 reais e ficou devendo o restante, que hoje, com a correção monetária, daria um valor superior a mil e quinhentos reais.