GIULIANO GOMES / Gazeta Press
Lucas foi vendido ao PSG, da França, por R$ 108 milhões
Sem encontrar vestígios ligados à FPF (Federação Paulista de Futebol) que comprovem a passagem do são-paulino Lucas nas categorias de base do Corinthians, ao clube sobrará apenas uma alternativa pouco convencional e sem precedentes nesse tipo de caso: recorrer a registros de imprensa para tentar provar a passagem do jogador nas suas categorias de base, onde ficou dos 12 aos 13 anos.
Embora saiba da dificuldade de validar esse tipo de documentação com a Fifa, o diretor jurídico do Timão, Luiz Alberto Bussab, disse ao R7 que fará uma tentativa. Ainda mais porque, como antecipou nossa reportagem, a ficha do jogador na FPF não menciona o Corinthians em nenhum momento e a família e o staff de Lucas também não querem se envolver no assunto e não estão dispostos a ajudar o Timão.
— Ainda não achamos nada da Federação Paulista de Futebol. Podemos recorrer a reportagens, com declarações, pedir para a Federação reconhecer. É notório que ele passou por aqui. Acho que não vamos ter nenhum problema com isso. Até agora, achamos documentos do futsal e da Associação Paulista de Futebol, mas precisa da Federação. Ainda estamos procurando.
Era a última chance do Corinthians para tentar lucrar com a negociação. Bussab afirmou que os arquivos das categorias de base foram revirados e não conseguiram encontrar nada que ligasse o jogador e o clube com a chancela da Federação. De acordo com as normas da Fifa, é preciso ter algum documento da FPF, para ter validade no órgão internacional.
O clube esperava se beneficiar de uma lei da Fifa, chamada Mecanismo de Solidariedade, que diz que o clube formador do atleta tem direito a uma porcentagem na venda para o exterior. Como ele passou pelo Parque São Jorge antes de jogar no São Paulo, o time alvinegro queria ganhar com isso.
Como clube formador, o Corinthians teria direito a uma porcentagem sobre o valor da negociação de R$ 108 milhões, a maior da história do futebol brasileiro. A quantia deve ser paga pelo comprador – no caso, o PSG. É considerado formador todo clube pelo qual o jogador atuar entre 12 e 23 anos, apenas variando o percentual de compensação. O Timão teria, então, que receber algo em torno de 0,25% do valor total da transferência, algo em torno de R$ 270 mil.
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