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Birner : Mais guerreiro e melhor na parte tática, até com um jogador a menos o Palmeiras foi superior ao São Paulo no empate do Choque-Rei


O Palmeiras foi melhor em boa parte do clássico.

Ficou clara a preocupação de Ney Franco de reorganizar o sistema defensivo do Sâo Paulo.

O posicionamento do time sem a bola melhorou, com exceção ao de Douglas.

Ele atuou mal. Deu muito espaço mesmo quando sua equipe vencia e tinha um jogador a mais. Além disso, ficou desatento no lance do gol de Mazinho.

De posse da redonda, a atuação do São Paulo também foi bastante ruim.

O Palestra passou 40 minutos do clássico com um jogador a menos e nem assim perdeu o controle das ações.

A superioridade tática e a garra de seus jogadores permitiram tal situação. Mostraram mais vontade e leitura de jogo melhor que a dos são-paulinos.

O andamento do clássico manteve o alto astral dos palestrinos e a irritação dos torcedores do São Paulo.

Escalações

Palmeiras – Bruno; Athur, Maurício Ramos, Leandro Amaro e Juninho; Henrique, Márcio Araújo, João Vitor e Valdívia; Mazinho e Betinho

São Paulo – Denis; Douglas, Rafael Tolói, Rhodolfo e Cortez; Denilson, Casemiro, Cícero e Jadson; Osvaldo e Luís Fabiano

Taticamente parecidos

Felipão manteve Henrique como o principal encarregado dos desarmes no meio-campo.

Marcio Araujo foi o escolhido para o lugar de Marcos Assunção. Jogou na função que gosta.

Ele e João Vitor tentaram ajudar Valdivia na criação e cooperaram com Henrique na proteção a zaga.

Mazinho, o atacante pelos lados, voltou para fechar espaços na região central quando a bola estava com o São Paulo.

O time de Ney Franco atuou de maneira similar.

Os volantes Casemiro, na direita, e Cícero, na esquerda, auxiliaram Jadson na criação e Denilson na marcação.

Osvaldo, atacante de velocidade, fez o mesmo papel de Mazinho nos momentos em que o São Paulo ficou sem a bola.

Os laterais palmeirenses apoiaram de forma alternada.

Os são-paulinos também.

Sistemas defensivos mandam

Os centroavantes Luís Fabiano e Betinho receberam poucos passes na área.

Os volantes e meias se posicionaram perto dos zagueiros e congestionaram a entrada das grandes áreas.

No começo, o São Paulo tomou a iniciativa de atacar. O fez de forma tímida.

Ficou clara a preocupação de Ney Franco em acertar o sistema defensivo. Essa foi a prioridade do time.

Jadson se movimentou bastante. Apareceu na meia direita e esquerda para tentar as tabelas com o volante e o lateral que apoiaram.

Não conseguiram ultrapassar o bloqueio adversário nenhuma vez.

O Palmeiras esperou atrás e apostou nos contragolpes, mas não levou perigo.


Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Gol e inversão de papéis

Aos 12, o São Paulo fez 1xo.

A zaga palmeirense deixou Luís Fabiano livre após a cobrança de falta e o atacante tocou com categoria no canto esquerdo.

O gol fez os times inverterem os papéis.

O São Paulo recuou e o Palestra tomou a iniciativa de atacar.

Apesar da nítida melhora de posicionamento no sistema defensivo são-paulino (havia menos espaço que de costume para o rival jogar, nunca o atacante ficou mano-a-mano com o atacante porque sempre um volante ou um lateral deu o primeiro combate, nas cobranças de escanteio os atletas eles sabiam quem devia marcar cada boleiro do Alviverde), ele ainda oscila.

Só vai ganhar consistência com o tempo. A repetição ajuda a diminuir os erros.

A boa atuação de Valdívia e o constante apoio de Juninho dificultaram os desarmes dos visitantes.

O Palmeiras finalizou algumas vezes. Denis teve que fazer duas defesas difíceis, porém ambas foram fruto de erros do adversário.

Betinho, aos 5, recebeu um presente de Douglas e perdeu a melhor oportunidade. Denis espalmou para escanteio.

Em seguida, de novo o goleiro evitou o empate no cabeceio de Leandro Amaro.

O São Paulo teve boas oportunidades de contragolpear, porém Osvaldo, o mais acionado nesses lances, não acertou nenhum lance desses.

Felipão é obrigado a mudar

No fim da etapa inicial, Maurício Ramos se machucou. Sem Thiago Heleno e Román, também sem condições de jogo e precisando de gols, Felipão decidiu mudar o sistema tático.


Foto: Sergio Barzaghi/Gazeta Press

Botou Maikon Leite no ataque, recuou Henrique e acabou com a liberdade de Marcio Araujo atacar. João Felipe também precisou voltar um pouco, tal qual Mazinho.

Valdívia continuou como principal articulador no meio-campo.

Baile tático do Palmeiras e a Avenida Douglas

Henrique, aos 8 do segundo tempo, fez falta dura em Douglas. Ele já estava amarelado e o árbitro acertou ao expulsá-lo.

Mesmo com 10 em campo, o Palmeiras foi superior até o fim do confronto.

Marcou bem a saída de bola são-paulina e usou o inspirado Valdívia, além de Maikon Leite na avenida Douglas.

O lateral apoiou o tempo todo, mesmo sem nenhuma necessidade, e o atacante teve muito espaço para jogar nas costas dele.

O meia chileno só não terminou o choque-rei como herói porque perdeu o pênalti aos 13 minutos.

Ele mesmo, em lance individual, cavou a penalidade cometida por Rafael Tolói.

Sopro coerente

Os são-paulinos protestaram muito na jogada.

Foi um pênalti no estilo brasileiro, do tipo que só se marca aqui, porém Péricles Bassols costuma soprar esse tipo de lance. Não fugiu ao seu critério, por isso não questiono a decisão dele.

Denis de adiantou, houve invasão, porém ele não mandou voltar a cobrança. De novo o apitador manteve seu critério.

Superioridade palestrina

Da mesma forma que o São Paulo sentiu a falta de Lucas nos contragolpes, o Palestra sofreu com a ausência de Marcos Assunção nas bolas paradas.

O time de Ney Franco fez algumas faltas dos lados, da forma como o veterano gosta.

Logo após Valdívia, o melhor do clássico, perder o pênalti, Felipão tirou Betinho, colocou Cicinho na lateral e deslocou Arthur para a zaga.

As improvisações e o fato de ter um atleta a menos não impediram o Alviverde de ser superior e buscar o empate.

Os comandados de Felipão insistiram com Maikon Leite na Avenida Douglas e procuraram sempre Valdívia, que teve total liberdade para se movimentar em busca dos espaços.

Se Ney Franco não deu a ordem para o lateral ficar atrás, errou feio. Se mandou ele parar de avançar, Douglas, além de pouco inteligente na parte tática, foi desobediente.

Aos 17, Rodrigo Caio entrou na vaga de Casemiro para fortalecer o sistema defensivo. Não funcionou.

Aos 26, Maicon substituiu Denilson. Ney Franco observou que seu time não conseguia fazer a transição da defesa ao ataque com a redonda no chão, o titular havia recebido o amarelo, e decidiu alterar a equipe.

O reserva entrou mal, errando passes curtos.

Merecido empate

Aos 36, Maikon Leite cobrou escanteio, Mazinho tocou na bola, Denis fez difícil defesa e Mazinho, no rebote, igualou.

Ataque x contragolpe

O restando do confronto teve o Palmeiras, fechado, marcando bem, apostando no contragolpe e o São Paulo, em vão, tentando trocar passes e furar o bloqueio defensivo do campeão da Copa do Brasil.

O Palestra desperdiçou os contra-ataques e o rival perdeu uma chance, de novo depois de cruzamento, aos 42, com Rodrigo Caio.

Sem novidades

O torcedor do São Paulo tem razão para ficar irritado com o desempenho do time no clássico, entretanto vai precisar de paciência.

Ney Franco vai demorar um pouco para fazer os acertos que pretende, se conseguir colocar em prática seus planos.

Arrumar a equipe no meio do brasileirão, um torneio difícil, não é missão simples.

Felipão passou 5 meses para posicionar a equipe da maneira ideal e fazer os boleiros atuarem com a garra necessária.


Ernesto Rodrigues/AE

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