ESTRÉIA DIFÍCIL

Não sei o que foi pior ao Ney Franco: sua estreia com sabor de derrota, ou a constatação de que vai ter que trabalhar muito para arrumar a casa.

O retorno dos inertes Cícero e Casemiro, deram o tom de um time com a cara do Leão.

Um time apagado, sem criatividade e com a costumeira apatia que víamos em campo em tempos recentes.

Para piorar, a ausência de Lucas nos privou de sua técnica e genialidade.


POSICIONAMENTO DEFENSIVO


Rhodolfo falhou no lance do gol, entretanto já é possível visualizar uma melhora (ainda longe do que queremos) do sistema defensivo.

Nossos zagueiros não foram driblados, tampouco ficaram mano-a-mano com atacantes do Palmeiras – Tolói é bom zagueiro e deve se afinar com Rhodolfo em breve.

Douglas jogou mal, seguido de perto por Cortês, quem já vem devendo futebol há algum tempo.

Do nosso lado, Dênis foi o nome do jogo: além de ter pego um pênalti, fez boas defesas que evitaram a derrota.

UM TIME APÁTICO

Voltamos a assistir um time apático em campo – Cícero e Casemiro são os expoentes neste quesito.

Eles simplesmente não se apresentam para o jogo, nem marcam, nem armam, e o pior, dragam a energia do time.

Chamou-me a atenção a insistência do Ney Franco com os dois.

Precisamos urgente da volta do Rogério e do Welington. O primeiro pelo respeito e liderança nata e o segundo por ser raçudo e pegador.


JANELA EUROPÉIA


O SPFC dá sinais que não irá se aproveitar da janela europeia. Fala-se agora de Dudu, que considero sim um bom jogador, mas não alguém que chegue, vista a camisa e resolva nossos problemas. Faltou mirar no exemplo do Inter, que está trazendo grandes nomes paa montar um grande time.

A menos que tenhamos surpresas, creio que este ano brigamos no máximo pela Libertadores.



PRÓXIMOS PASSOS


Ney Franco vai ter que trabalhar duro. Pegou um time taticamente despedaçado, terá que reconfigurar completamente a zaga e o meio de campo.

Some-se a essas dificuldades a apatia de alguns jogadores do elenco – Ney Franco deverá identificar quem são esses jogadores e recuperá-los a partir de uma abordagem personalizada.

O treinador terá de gastar um bom tempo para ajeitar este time, enquanto que nós torcedores teremos que ter muita paciência com o trabalho do treinador.


Força TRICOLOR!

Por Antonio Monteiro