A tentação poderia ser considerada irresistível por muitos, mas o São Paulo disse não à proposta de 33 milhões de euros (R$ 82 milhões) do Manchester United pelo meia-atacante Lucas. “Eu sei que é um risco não vendê-lo, mas nós não faremos isso”, disse o presidente do Tricolor, Juvenal Juvêncio, ao site do jornal inglês “Daily Mail”.

A recusa criou mal-estar entre o clube e os representantes do jogador. O grupo esperava que o time brasileiro concordasse com a negociação. Sem o acerto, a expectativa agora é que o São Paulo de um aumento salarial para o atleta.

O atual impasse financeiro é resultado da esperança tricolor de melhorar seu lucro com uma possível negociação do atleta. A meta do clube é atingir uma cifra total próxima de R$ 100 milhões. Com isso, o São Paulo, dono de 80% dos direitos do atleta, embolsaria R$ 80 milhões com o negócio.

A situação ainda deve se complicar a partir do próximo mês, quando o jogador passará a ter direito a 30% dos seus direitos econômicos.

Destaque do Tricolor desde que subiu da base, em 2010, Lucas tem contrato com o clube paulista até o fim de 2015 e ganha cerca de R$ 120 mil por mês. Não é de agora que seus representantes tentam rever a base financeira do vínculo.

Aumento, plano de carreira semelhante ao de Neymar no Santos... várias opções já foram cogitadas pelo grupo, sempre sem acerto. Agora, a situação não é muito diferente e o estafe do atleta promete voltar à carga em uma reunião com a diretoria são-paulina, nesta semana.

Treinando com a seleção brasileira para a Olimpíada, Lucas também foi alvo do assédio recente da Inter de Milão. Mas o clube italiano ficou distante dos valores almejados pelo Tricolor, propondo-se a pagar 25 milhões de euros (R$ 62,3 milhões) pelo craque.

Ansiedade/ O São Paulo também está fazendo jogo duro com o Sevilla pelo lateral-direito Piris. “A contratação está fechada há cinco dias, com opção de compra por quatro temporadas. Os outros problemas vêm de lá (São Paulo)”, disse o presidente do clube, José Maria Del Nido, ao site oficial.