Sem nenhuma folga divulgada nos dez dias que separam o jogo do último domingo, contra o Bahia, do duelo da próxima quarta-feira diante do Internacional, o São Paulo iniciou a semana de treinos com atividades leves. A expectativa do elenco, porém, é que o período seja usado para diminuir o principal problema do time: se concentrar para fechar espaços na defesa.

“Nenhum jogador fica 100% concentrado na partida, em algum momento dá uma titubeada. E é isso que precisamos corrigir”, apontou Edson Silva, que dificilmente será mantido no time titular em 6 de junho, no Beira-Rio, caso Rhodolfo esteja recuperado de dores na panturrilha esquerda e Emerson Leão opte pela formação no 4-4-2.

Mas o zagueiro defende o esquema ofensivo, mesmo diante de tantos gols sofridos. “Isso acontece com todo time que tem ganância. Temos fome para fazer gol, queremos fazê-lo rapidamente para matar o adversário e meio que esquecemos a defesa. Mas o São Paulo tem um sistema defensivo muito bom. Independentemente de irmos para frente, há suporte para segurar o ataque adversário”, argumentou.



Os números, contudo, são menos tranquilos do que Edson Silva deixa transparecer. Em 30 partidas na temporada, o clube levou 35 gols, ficando com uma média de 1,16 gol sofrido por jogo. Estatística que incomoda principalmente Denis, que tenta motivar seus colegas lembrando da recuperação defensiva ocorrida no Campeonato Paulista.

“Sempre podemos melhorar. No começo do ano, tivemos erros que não poderiam acontecer e sofremos gols que não esperávamos, mas conseguimos pegar entrosamento e acertar a zaga. Estes dez dias serão para aprimorarmos um pouco mais isso não só entre os zagueiros, mas com os volantes e eu orientando. Vamos fazer da melhor forma para que o número de gols sofridos diminua o mais rápido possível”, apontou o goleiro.

Embora a semana tenha começado com atividades físicas, o foco é se manter olhando para a bola e seu marcador no CT da Barra Funda. “Na parte física, creio que o time está bem demais. Temos que corrigir bastante alguns detalhes em termos de atenção e posicionamento. No jogo, aparecem bobeadas na marcação, mas podemos corrigi-las facilmente. O São Paulo é bem aplicado”, elogiou Edson Silva.