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São Paulo aponta exposição exagerada e diminui entrevistas de Leão

As últimas entrevistas coletivas de Emerson Leão diminuíram o tom de duras críticas à diretoria. Agora, são as declarações do técnico que serão reduzidas. A assessoria de imprensa do clube avaliou que o comandante estava se expondo demais e disse ter a concordância do treinador e dos dirigentes para limitá-las.

Desde sua contratação, em outubro, o ex-goleiro falava no CT da Barra Funda às terças e sextas-feiras e depois dos jogos. A partir desta semana dará somente uma entrevista no local de treinamento além das tradicionais coletivas após as partidas – mudança que ocorre exatamente em meio a medidas para apaziguar o ambiente, que teve abraço do diretor de futebol de Adalberto Baptista após uma coletiva de Leão e garantia do presidente Juvenal Juvêncio de que o técnico não será demitido.

Ao ser questionado pela Gazeta Esportiva.Net sobre a novidade, Leão foi seco nas respostas e não comentou uma possível interferência da diretoria no caso. “Pergunte à assessoria”, limitou-se a dizer depois de todas as perguntas que ouviu.

A assessoria, por sua vez, lembrou que nas semanas nas quais o time atuou duas vezes, o técnico chegava a dar quatro entrevistas – duas no CT e duas após os jogos. Foi considerada uma “exposição exagerada”, principalmente em comparação a clubes como o Palmeiras, por exemplo, no qual Luiz Felipe Scolari só tem falado depois das partidas, nunca na Academia de Futebol.

No Corinthians, Tite fala com a imprensa às terças e sextas-feiras no CT Joaquim Grava, além das coletivas seguintes aos jogos – na semana passada, foi aberta uma exceção na sexta-feira porque era aniversário do técnico que, segundo os assessores do clube, estava “pilhado”. Já no Santos, Muricy Ramalho dá entrevistas uma vez por semana no CT Rei Pelé, geralmente às sextas-feiras, e depois das partidas.



No Tricolor, contudo, a redução de entrevistas é um retorno ao que era feito nos últimos anos. Durante sua passagem entre 2006 e 2009, Muricy Ramalho reduziu para uma entrevista semanal no CT. Ricardo Gomes, Sérgio Baresi, Paulo César Carpegiani e Adilson Batista, que o sucederam, dificilmente falavam às terças e sextas-feiras. A retomada das duas entrevistas por semana ocorreu exatamente quando Leão chegou.

A diretoria diz ter aceitado a sugestão da assessoria e nega participação na nova rotina do técnico. “Não nos envolvemos nestas questões. E não vou falar se gostei. Se falo que gosto, podem entender que acho que ele fala demais. Se falo que não gosto, podem entender que acho que ele fala de menos. Só posso dizer que nenhum profissional tem impedimento, incentivo ou proibição. O São Paulo sempre tem um desejo de transparência. Treinador e jogadores ficam à vontade para falar o que entenderem dentro de suas responsabilidades”, disse o vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes.

Desde o afastamento de Paulo Miranda imposto pelos dirigentes, Leão deixou claro em suas entrevistas coletivas que discordou do caso, disse aceitar “diretores novatos”, frisou não ter participação em contratações e dispensas do elenco, ressaltou a necessidade de reforços e ainda parabenizou os atletas negociados com outros times brasileiros – todos foram campeões estaduais –, entre outros assuntos polêmicos.

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