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Jadson vira o dono do meio e elogia Leão: 'Ele tem o grupo nas mãos'

Após sequência de jogos ruins e rápida passagem pelo banco de reservas, camisa 10 cresce e torna-se peça indispensável ao esquema tricolor

Ele teve sua contratação anunciada pelo São Paulo no dia 14 de janeiro. Chegou para acabar com maior carência do clube, que abriu os cofres e desembolsou R$ 9 milhões e ainda cedeu 30% dos direitos econômicos do volante Wellington, avaliados em R$ 9 milhões. No entanto, o começo para Jadson no novo clube não foi nada fácil. A mudança de rotina, a diferença de temperatura, de metodologia de treinamento, do estilo de jogo do futebol ucraniano para o brasileiro e a distância da família fizeram com o que o camisa 10 demorasse a arrancar.

Nesse período, Jadson chegou a ser barrado pelo técnico Emerson Leão que, cansado de retirá-lo em todos os jogos no segundo tempo, fez um acordo com o atleta para que ele fizesse um trabalho de recondicionamento físico para melhorar suas condições. A resposta dentro de campo foi a melhor possível e hoje, cinco meses depois, pode-se dizer que o atleta começa a mostrar o futebol que todos esperam dele. Nos últimos quatro jogos, Jadson teve boas atuações e marcou gols contra Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro, e Goiás, pela Copa do Brasil.

Feliz com o momento, o jogador não se dá por satisfeito e garante: tem muito mais a crescer. No papo que teve com a reportagem do GLOBOESPORTE.COM, revela que sofreu com o fraco rendimento no início, agradeceu ao técnico Emerson Leão e diz que a parceria com Luis Fabiano ainda renderá muitos frutos ao Tricolor.

Finalmente as coisas estão saindo como você esperava?

Jadson – Sem dúvida nenhuma. O começo é sempre complicado e, quando as coisas não acontecem como o torcedor e as pessoas que acreditam em você esperavam, isso te deixa chateado e te obriga a reagir. Faz cinco meses que estou aqui e acredito que nos meu três ou quatro últimos jogos tive boa atuação. Quando você começa a ganhar confiança, tudo vai junto. Mas não posso achar que está muito bom, tem muita coisa bacana ainda para acontecer.

O que mais te atrapalhou na volta ao futebol brasileiro?

Muita coisa. Lá na Ucrânia, por exemplo, são oito meses de inverno e quatro de verão. Aqui é um país tropical, quando faz frio, a temperatura chega a dez graus. Lá em Donestk fazia -15ºC. Lá se treina tanto físico quanto aqui, só que é sempre pauleira, não existe essa de poupar atleta ou dosar ritmo, não tem como você reclamar de dor muscular. Muda o estilo de jogo, o futebol brasileiro é bem mais pegado, agora finalmente já estou acostumado.

Após tanto tempo na Europa, como você encarou a mudança para o futebol brasileiro?

Estou com 28 anos e defendia o Shakthar há sete temporadas. Nesse período, ganhamos muitos títulos, inclusive uma Copa da Uefa, conquista inédita no clube. Já estava difícil par mim, estava acomodado, precisava de um novo desafio na carreira. Todo dia era a mesma rotina. Quando começaram as conversas com o São Paulo, em dezembro do ano passado, vi que era uma grande chance para mim. Aqui é um novo desafio e você precisa correr atrás das coisas todos os dias.

Quem observa os seus jogos, percebe que você cresceu a partir do momento em que mudou seu posicionamento em campo. Antes você jogava pela esquerda e agora você atua centralizado. Concorda?

Sem dúvida, isso ajudou bastante. Só tenho a agradecer ao Leão por isso. Desde o primeiro dia, temos ótimo diálogo e conversamos sempre. Um dia, ele veio a mim e perguntou o que poderia fazer para que eu pudesse melhorar. Falei que estava acostumado a atuar mais centralizado. Ele fez a mudança e só pediu que eu me movimentasse bastante para fugir da marcação. O meu futebol cresceu, o da equipe também. Agora é procurar me encaixar cada vez mais.


Jadson agradece a Leão pela mudança de posicionamento (Foto: André Lessa / Agência Estado)

Como é a sua relação com o Leão?

A melhor possível. É claro que eu já o conhecia de falar, mas trabalhando no dia a dia é a primeira vez. Ele cobra bastante, mas dá espaço para o jogador falar também. Sem dúvida, tem importância no meu crescimento.

Mas e essa história de “matar um Leão por dia”?

Cara foi uma expressão que todo mundo fala. Mas ele encarou na boa, tanto que na última coletiva disse que precisaria matar um Jadson por dia. O que importa é que a harmonia domina o ambiente do São Paulo. Coisas que são faladas fora não entram no time. O Leão tem o grupo nas mãos, e isso é o primeiro passo para um time que quer ser campeão.

E a parceria com o Luis Fabiano?

Ele dispensa apresentação. É um cara fora de série dentro e fora de campo. Na área, sabe chamar o jogo, dá espaço para você enfiar uma bola. Temos tudo para dar certo.

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