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'O Juvenal desestabiliza o próprio clube', diz ex-presidente do São Paulo


São Paulo - Presidente do São Paulo entre 1990 e 1994, quando o clube celebrou suas conquistas mais importantes (Libertadores e Mundiais de 92 e 93), José Eduardo Mesquita Pimenta hoje só tem a lamentar a fila de quase quatro anos sem títulos do Tricolor. No entanto, como quem conhece a rotina política do Morumbi, ele garante que o tempo de vacas magras nos gramados é apenas reflexo do que acontece nos bastidores do clube.

“Como torcedor, tenho que admitir que tem sido uma época de muitas frustrações. Mas, mesmo afastado da política, é preciso usar a razão para entender a situação. E eu não tenho dúvida que os ordenamentos do presidente Juvenal Juvêncio acabam ressentindo e desestabilizando o clube”, avaliou Pimenta, em um bate-papo ao MARCA BRASIL.

Apesar da classificação do São Paulo para as quartas de final da Copa do Brasil, que amenizou a crise nos bastidores do Tricolor, o ex-presidente viu no episódio Paulo Miranda, afastado pela diretoria a contragosto do técnico Emerson Leão, a exemplificação de um excesso de poder nas mãos do mandatário:

“Ele não tem oposição, não tem resistência alguma no clube. Os poucos que não concordam com ele, não se manifestam. E o Conselho também faz passar tudo o que o Juvenal determina. Tudo isso reforça ainda mais a soberba dele e faz com ele tenha soberania até para colocar o dedo na escalação do time, que foi o aconteceu com o Paulo Miranda. Esse caso vazou publicamente. E aqueles que nós nem ficamos sabendo?”

Hoje com 74 anos, Pimenta, assim como Juvenal, também teve seus momentos de questionamento quando ocupou a cadeira presidencial. Do polêmico não-rebaixamento no Paulista de 90 às denúncias de corrupção. Mas, segundo ele, são incomparáveis ao atual momento.

“Não dá para comparar. Foram fatos pontuais, bem diferentes da eterna prepotência do Juvenal. Não fomos rebaixados em 90 e, quando acusado, sempre provei inocência. Eu durmo tranquilo”, completou Pimenta, que, em poucas palavras, finalizou resumindo as diferenças de hoje para o seu passado: “Na nossa época, a gente perseguia os títulos. Hoje a preocupação é reforçar o orgulho soberano. Ele não ganha títulos faz tempo, mas vai ganhar uma estátua em Cotia. Como mudou...”

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