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De volta ao São Paulo, Bruno Uvini pode 'reforçar' a zaga

Enquanto diretora e Emerson Leão batem cabeça para “escalar” o parceiro de Rhodolfo na defesa do São Paulo, outro zagueiro, que pertence ao clube, estará na capital paulista a partir de segunda-feira. Bruno Uvini, emprestado ao Tottenham (ING) em fevereiro, com vínculo até 31 de maio, finaliza a temporada em Londres neste domingo.

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Bruno tem contrato com o Tricolor até abril de 2014. Após período de experiência na Europa, sem poder atuar em jogos oficiais pelo negócio ter sido realizado após o fechamento da janela de transferências, volta ao Morumbi. Mas não sabe se para ficar no Brasil. Isso porque foi com valor fixado (3,7 de euros – R$ 8,4 milhões) para compra e os ingleses podem adquirir seus direitos econômicos, divididos entre São Paulo e Audax (50% cada).

– Vim por empréstimo e depois para ficar, mas as coisas mudam e não tem como saber. Não sei se vou jogar na Europa ou no São Paulo. Se voltar para o São Paulo, tenho contrato e serei feliz. É onde nasci e gosto de todos. Se continuar na Europa será um sonho. Está 50% a 50% – explica o defensor, em contato com a reportagem do LANCE!, no último sábado, após último treino em Londres.

Chamado por Mano Menezes para Seleção Brasileira e cotado para a Olimpíada, Uvini (20 anos) conquistou o treinador, mesmo só com amistosos pelo Tottenham. Ney Franco, que o treinou no sub-20, deu seu aval.

A valorização chama a atenção da diretoria do Sampa, que busca zagueiro, mas encontra dificuldades. Leão gosta de Uvini e quer tê-lo no elenco. O tempo fora do país o ajudou o atleta amadurecer, o que é visto como mais um ponto positivo para ficar no Brasil. Durante a semana as partes vão conversar e o Tottenham também será ouvido. Eles têm prioridade para compra, mas não se manifestaram.



– Vamos conversar na semana que vem, mas existe a possibilidade de ele ficar – disse o diretor de futebol Adalberto Baptista.

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Como foi morar em Londres?
Peguei o inverno pesado, mas me adaptei rápido. Aprendi o inglês, que é importante para minha carreira. O futebol melhorou, tive vivência de vestiário, um estilo que gostam, e será uma experiência que vou levar comigo. Tenho o nosso estilo e agora aprendi o deles. Vim para ganhar e consegui. Vou conversar com o São Paulo e o Tottenham para resolver minha situação.

O que melhorou em campo?
Aqui é diferente o tempo que fica com a bola no pé. É muito rápido o jogo, zagueiro joga em cima, quase no campo do adversário. Via pela TV, mas não sabia como era no campo. Aqui chega mais firme, não dão faltas e vi nos amistosos. Muita bola aérea e o jeito de jogar é diferente. Gostam que não segurem muito e o jogo é bem rápido. No Brasil tem mais tranquilidade.

Falou com alguém do São Paulo para decidir sua situação?
Não conversei com ninguém, mas estou acompanhando de longe. Vi o jogo contra o Santos e como foi a vitória sobre a Ponte Preta. Ainda não fui procurado, mas volto segunda-feira para me apresentar, dar satisfação e ter uma conversa para resolver.

Já estuda inglês?
Comecei ano passado, fiz três meses, tinha o básico por filme, video-game, que me ajudou muito. Em Londres é que fui aprender. Tive que me virar. Entendia algumas coisas, mas não conseguia comuniar. Ainda não estou fluente, mas faço conversação, o que preciso, em campo estou bem, peguei rápido a malícia do futebol.

Do que ou de quem tem mais saudade no Brasil?
Saudade da família e um pouco de ver o sol, que não aparece para nós (risos). Lugar é bom, muito bom, mas a família e pessoas fica complicado estar longe. Comida tudo bem, no clube é muito bom, comida de atleta, frango e massa. O café da manhã é ao estilo inglês, mas conseguia comer as nossas coisas. Estamos tranquilos, porque temos uma cozinheira para nós. Tem muito brasileiro, mercado e onde a gente mora tem a cozinheira brasileira.

Como é morar com o Sandro (ex-Internacional, também convocado para Seleção Brasileira)?
Ele é solteiro, a mãe estava com ele, depois voltou para o Brasil. Ele estava ficando sozinho, daí me convidou para morarmos juntos. Foi o cara que foi um irmão para mim, me ensinou tudo. Sabia quem ele era, mas não conhecia pessoalmente. Bati na porta e já parecia que fazia um bom tempo que nos conhecíamos.

Como vocês receberam a notícia da convocação para a Seleção Brasileira?
Ficamos muito felizes, comemoramos juntos, e conversamos sobre isso. Está sendo um pai para mim no Tottenham e na Seleção.

O que costumam fazer juntos?
A região é mais tranquila, não é bem próxima do centro de Londres. Quando a gente sai é para ir em shopping, que é perto do Centro Olímpico. Vemos que está chegando a hora da Olimpíada e queremos estar lá. Em casa a gente procura jogar video-game e o Sandro me introduziu na música. O irmão é cantor sertanejo, então ensaiamos.

Esperava ser chamado para a Seleção Brasileira?
Estava com este objetivo e a missão da Olimpíada. Vi algumas entrevistas que poderia chamar sub-23, para pensar na Olimpíada, então tinha esperança. Não pude jogar, mas estou treinando contra jogadores de nível mundial. Toda semana tem amistoso para quem não jogou e junta com o pessoal do B. Para mim foi importante para manter um nível, não igual de jogo, mas para manter uma base.

O que pensa sobre o ouro inédito na Olimpíada?
Você falando eu lembrei do sub-20, que foi o pré-olímpico, com o Ney Franco. Vimos a importância de conquistar o título. Fiz parte no começo, ajudei, como todos os meninos, e desde aquele momento brilhou a vontade de trazer o título. Foi passado que tínhamos de classificar, era nosso grande objetivo, uma geração maravilhosa, e aconteceu. Será um orgulho, sabemos que é um título que falta, então queremos fazer história.

Falou com o Casemiro e o Lucas, que também foram chamados?
Falei com o Lucas. Falei com ele um pouco, nos demos os parabéns. Os dois são fantásticos, crescemos juntos, era nosso sonho de infância, lá em Cotia, jogando junto. Sonho de todo menino. Imagina um dia poder estar lá, agora vamos poder.

Voltas na carreira
Tottenham
Chega em fevereiro em Londres (ING). Depois de o São Paulo contratar Edson Silva e Paulo Miranda, Uvini fica sem espaço no grupo e acaba emprestado. Como a janela de transferências já tinha fechado, fica no clube como período de experiência e participa só de amistosos. Agora, com prioridade de compra, os ingleses podem adquirí-lo em definitivo para próxima temporada (agosto).

Seleção Brasileira
Capitão no Sul-Americano Sub-20, entre janeiro e fevereiro do ano passado, ajuda o Brasil a conquistar vaga para a Olimpíada. Com uma fratura na perna direita, retorna antes do fim da competição e não levanta a taça. Querido por todos, é homenageado pelos companheiros. Em agosto, volta para o Mundial da categoria. Vai até o fim e levanta o troféu com a braçadeira.

São Paulo
Campeão da Copinha em 2010, ganha chance no profissional, mas atua apenas oito vezes. Já tinha feito alguns treinamentos no CT da Barra Funda. Sempre reserva, nunca foi cogitado para ser titular e teve pouco espaço para mostrar seu futebol. Apesar de querido no elenco e aprovado pela diretoria, para muito ainda precisa de rodagem, o que acontece em Londres. Ano passado, por duas vezes, sofre com lesão, o que o atrapalha para ter uma sequência. Pelo Tottenham não teve problema físico.


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