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Após discordar da diretoria, Leão sugere pacto até com lavanderia

O afastamento de Paulo Miranda imposto pela diretoria expôs a difícil relação entre os dirigentes e Emerson Leão, que sempre demonstrou discordar da decisão. Ao mesmo tempo, gerou no elenco uma sensação de instabilidade diminuída exatamente pela ação do técnico em relação à saída forçada de um de seus homens de confiança. E o comandante sabe usar o apoio que tem dos jogadores para incentivar que eles valorizem quem convive no dia a dia do CT da Barra Funda.

“Os atletas têm que fazer um pacto com sua retaguarda, a turma da lavanderia, comissão técnica. Este é o pacto, porque ali dentro só pertence a nós”, comentou Leão, ciente de que todos os jogadores escolhidos pela assessoria de imprensa do clube a dar entrevista coletiva desde a saída de Paulo Miranda manifestaram apoio ao zagueiro.

A diretoria, contudo, entrou em rota de colisão com o técnico ao exigir que o camisa 13, contratado antes mesmo da chegada do treinador, fosse barrado. As informações no CT da Barra Funda são de que, horas antes do primeiro duelo contra a Ponte Preta pela Copa do Brasil, Juvenal Juvêncio chegou a ser convencido por Leão de que tirar um atleta já concentrado traria problemas.

Mas o diretor de futebol Adalberto Baptista, acompanhado do vice-presidente de futebol João Paulo de Jesus Lopes, reiterou a necessidade de ser sacado um atleta que cometeu pênalti com menos de dois minutos de jogo contra o Santos e não alcançou Neymar no segundo gol da derrota que tirou o São Paulo do Campeonato Paulista. E ‘ganhou’ o presidente.



Leão já havia afirmado que não tiraria o atleta do time se ele estivesse relacionado e, com a imposição de seus superiores para tirá-lo até da concentração, fez questão de prometer a Paulo Miranda que seria titular quando estivesse liberado – como ocorrerá na quarta-feira, contra o Goiás. Dois dias após a reunião, o técnico foi abordado durante treino por Adalberto e o dirigente, segundo o ex-goleiro, se disse surpreso com a repercussão do caso.

Desde então, Leão passou a minimizar qualquer influência externa – como a conversa de Juvenal com os atletas antes e após a vitória sobre a Macaca e os abraços de Adalbeto depois do jogo – e enaltecer seus comandados como responsáveis por superar o baque da polêmica decisão da diretoria. “De fora, é possível acrescentar algumas coisas de reconhecimento positivo e negativo”, falou, enaltecendo seu trabalho e a união do elenco.

“Posso agregar elementos muito bons, ajudar de fora dentro do que temos possibilidade. Por isso os jogadores devem cumprir o que o treinador fala, se aliar ao que decidimos nos treinamentos e no diálogo. Mas, depois tudo, isso vai do papel para o gramado, que só a eles pertencem”, apontou, reiterando estar ao lado de seus comandados.

“Procuro defender o atleta em tudo que ele for merecedor. E eles gostam da verdade, passam a confiar no seu comandante quando ele demonstra a verdade. O poder da palavra é um, mas o fato é outro. Vamos direto ao fato”, explicou.

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