O elenco são-paulino ouviu o capitão Luis Fabiano avisar em entrevista coletiva que o “caldeirão” ia ferver em caso de eliminação na Copa do Brasil, mas deixou o Morumbi classificado e na esperança de dias mais tranquilos. O comandante Emerson Leão, contudo, fez graça com a metáfora do atacante.

“Não tem nada de caldeirão. Lá em casa, inclusive, o fogão estava quebrado”, comentou o técnico após a vitória por 3 a 1 sobre a Ponte Preta. “É verdade. O cara ficou de passar lá para arrumar, mas não vi se arrumou porque saio às 6h30 para trabalhar e não voltei mais”, continuou o treinador.

O recado do ex-goleiro é claro. Leão tem ouvido desde a semana passada que tem sido “fritado” pela diretoria, mas reforçou, em discurso que espera ser ouvido pelos jogadores, que quem trabalha deve sempre estar tranquilo. Por isso, avisou que, embora até Luis Fabiano admitisse, não se preocupou com o risco de ser demitido porque “pensa grande”.



Porém, o alívio do elenco com a vaga nas quartas de final da Copa do Brasil após duas derrotas seguidas é inevitável. “O caldeirão apagou, graças a Deus”, comemorou Luis Fabiano, com um tom nas declarações depois da partida que todos no elenco concordaram.

Rhodolfo, por exemplo, ratificou seu desejo de que o ambiente sempre alegre do Tricolor nesta temporada seja retomado. “O grupo deu uma desmotivada depois do jogo contra o Santos (na eliminação no Campeonato Paulista), todos viram isso. Depois sofreu a derrota para a Ponte e deu uma abalada. Perdemos a alegria. Com uma vitória como essa, a alegria volta”, projetou.

O aviso de Leão aos comandados, no entanto, é que fiquem blindados mesmo a conflitos internos, como o afastamento de Paulo Miranda imposto pela diretoria. “Vencer sempre é bom. Para o atleta, então, é maravilhoso. Mas uma equipe que conseguiu chegar (a um aproveitamento) acima de 80% neste ano não pode ser menosprezada ou ofendida. Subimos mais um degrau aqui dentro”, apontou o técnico.