Rivalidade à parte, Santos e São Paulo podem ser considerados dois irmãos no futebol paulista e brasileiro. A matéria que os colegas Samuel Rodrigues e Ted Sartori escrevem na edição deste sábado de A Tribuna (página B1) aborda exatamente os caminhos cruzados na vida desses dois grandes do futebol brasileiro, aliás os dois únicos tricampeões brasileiros na Libertadores. Eles também acumulam cinco títulos mundiais (três do São Paulo e dois do Santos). Ted citou alguns jogadores que em suas carreiras passaram pelos dois times e com destaque, casos de Toninho, Pita, Serginho Chulapa (o maior artilheiro da história do São Paulo), Zetti e Caio (hoje comentarista de futebol da Globo).

Curioso, é que depois que li a matéria do Samuel e do Ted, que só não pôde ser maior por falta de espaço, eu fiz um breve exercício de memória para lembrar de outros jogadores que foram assíduos frequentadores tanto do Morumbi como também da Vila Belmiro. Casos de Peixinho (anos 60, que jogando no Tricolor fez o primeiro gol na inauguração do Morumbi), Gilberto Sorriso, Nelsinho (Batista, que depois virou técnico de futebol e já dirigiu ambos), Teodoro, o xerife Chicão (aquele que impôs medo aos argentinos na Copa de 78), Zé Sérgio, Jameli, Humberto, Dodô, Ailton Lira (um especialista nas cobranças de faltas e pênaltis), Careca (ficou pouco tempo no Peixe), Maurinho, Axel, Arouca, Rodrigo Souto e Juan. São os nomes dos quais lembrei.



Quanto aos técnicos, vieram à minha lembrança mais dois nomes, além de Nelsinho, Muricy Ramalho e Leão.

Muricy fez carreira no São Paulo, onde também iniciou sua carreira de técnico (seu mestre foi o grande Telê Santana), e hoje está no Santos. Leão não defendeu o gol de nenhum dos dois clubes, mas conquistou títulos em ambos na condição de treinador. Por causa disso acabei me lembrando também de Pepe, o Canhão da Vila, e de Chico Formiga. Os dois nunca jogaram com a camisa são-paulina, mas, como técnicos, também têm seus nomes lembrados na história do Tricolor da capital paulista.