O camisa 9 do São Paulo foi criado para o futebol no Moisés Lucarelli. Dos 17 aos 20 anos, frequentou o local diariamente. Mas o Fabuloso, artilheiro com fama internacional, atacante da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, jamais pisou no estádio da Ponte Preta. Lá, Luis Fabiano ainda é um garoto franzino e temperamental. E se chama Fabiano.
O jogador nem havia mudado de nome quando esteve “em casa” pela última vez. Nesta quinta-feira, voltará ao palco onde começou depois de 11 anos, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Noite especial para quem caminhava 1,5 quilômetro da casa do avô Benedito até o estádio.
Fabiano chegou à Ponte Preta em 1997. O jovem ia a pé aos treinos e, no caminho de subidas e descidas, percorrido pelo GLOBOESPORTE.COM, tinha paradas obrigatórias. A primeira na banca de jornais, que hoje está fechada porque o dono adoeceu.
– Eu queria ver se tinha saído alguma notícia sobre mim (risos) – lembrou o atacante, que se emociona mesmo ao falar do primeiro apartamento, na Avenida Princesa D'Oeste.
– Havia um prédio muito bonito no caminho para o estádio, e sempre que eu passava por ele, dizia: "Será que um dia vou ter condição de comprar um apartamento aqui?" Eu já namorava minha esposa e comentava com ela. Era meu grande objetivo, não imaginava chegar até aqui. Juntei dinheiro e comprei. Hoje está alugado, mas não vendo. É a marca da minha perseverança!
O último jogo do Fabuloso no Moisés Lucarelli foi o empate por 2 a 2 no Paulistão de 2001, já no São Paulo, mas ainda chamado de Fabiano. Depois, em razão dos dois xarás do Morumbi (o atacante Fabiano Souza e o volante Fabiano), adotou o Luis.
– A torcida da Ponte gritava “É, Fabiano!”. Hoje é estranho não ouvir o Luis. E meu avô (falecido em 2000), pessoa mais especial da minha vida, só presenciou o Fabiano – lamentou.
Castigo antibalada
Nesses 11 anos, o artilheiro só voltou ao Moisés Lucarelli para visitas. Funcionário do clube desde 1996, o administrador Odair Marcucci se impressiona com a tranquilidade do goleador, mas recorda que nem sempre foi assim. Ainda jovem, Luis Fabiano chegou a ficar de castigo numa operação antibaladas.
– Não tem jeito, né? Era garotão, começando a se destacar. Deixamos ele uns 10 dias no alojamento, sem poder sair, porque ficamos preocupados. Mas ele logo se adequou e arrebentou – entregou Marcucci.
Numa dessas visitas, em 2006, Luis Fabiano não queria perder a forma nos dois meses de férias e escolheu um goleiro para servir de “sparring” enquanto chutava no gol. Ironia do destino. Era Denis, promessa de 19 anos e hoje seu companheiro no São Paulo.
– Quem não queria ver o Luis Fabiano chutar? Fui com outro goleiro e ele nos tratou muito bem. Ele era um ídolo – contou Denis, que, na ocasião, ganhou de presente uma luva e uma chuteira do Fabuloso.
O atacante admite que terá recordações especiais ao entrar no estádio nesta quinta. E, brincalhão, sabe que a idolatria dos fãs nas ruas tornaria o mesmo trajeto, que no século passado demorava 20 minutos, bem mais demorado se fosse refeito hoje.
– Acho que levaria umas duas horinhas, fácil (risos)!
Sorte do Fabuloso que dessa vez ele vai de ônibus.
O jogador nem havia mudado de nome quando esteve “em casa” pela última vez. Nesta quinta-feira, voltará ao palco onde começou depois de 11 anos, pelas oitavas de final da Copa do Brasil. Noite especial para quem caminhava 1,5 quilômetro da casa do avô Benedito até o estádio.
Fabiano chegou à Ponte Preta em 1997. O jovem ia a pé aos treinos e, no caminho de subidas e descidas, percorrido pelo GLOBOESPORTE.COM, tinha paradas obrigatórias. A primeira na banca de jornais, que hoje está fechada porque o dono adoeceu.
– Eu queria ver se tinha saído alguma notícia sobre mim (risos) – lembrou o atacante, que se emociona mesmo ao falar do primeiro apartamento, na Avenida Princesa D'Oeste.
– Havia um prédio muito bonito no caminho para o estádio, e sempre que eu passava por ele, dizia: "Será que um dia vou ter condição de comprar um apartamento aqui?" Eu já namorava minha esposa e comentava com ela. Era meu grande objetivo, não imaginava chegar até aqui. Juntei dinheiro e comprei. Hoje está alugado, mas não vendo. É a marca da minha perseverança!
O último jogo do Fabuloso no Moisés Lucarelli foi o empate por 2 a 2 no Paulistão de 2001, já no São Paulo, mas ainda chamado de Fabiano. Depois, em razão dos dois xarás do Morumbi (o atacante Fabiano Souza e o volante Fabiano), adotou o Luis.
– A torcida da Ponte gritava “É, Fabiano!”. Hoje é estranho não ouvir o Luis. E meu avô (falecido em 2000), pessoa mais especial da minha vida, só presenciou o Fabiano – lamentou.
Castigo antibalada
Nesses 11 anos, o artilheiro só voltou ao Moisés Lucarelli para visitas. Funcionário do clube desde 1996, o administrador Odair Marcucci se impressiona com a tranquilidade do goleador, mas recorda que nem sempre foi assim. Ainda jovem, Luis Fabiano chegou a ficar de castigo numa operação antibaladas.
– Não tem jeito, né? Era garotão, começando a se destacar. Deixamos ele uns 10 dias no alojamento, sem poder sair, porque ficamos preocupados. Mas ele logo se adequou e arrebentou – entregou Marcucci.
Numa dessas visitas, em 2006, Luis Fabiano não queria perder a forma nos dois meses de férias e escolheu um goleiro para servir de “sparring” enquanto chutava no gol. Ironia do destino. Era Denis, promessa de 19 anos e hoje seu companheiro no São Paulo.
– Quem não queria ver o Luis Fabiano chutar? Fui com outro goleiro e ele nos tratou muito bem. Ele era um ídolo – contou Denis, que, na ocasião, ganhou de presente uma luva e uma chuteira do Fabuloso.
O atacante admite que terá recordações especiais ao entrar no estádio nesta quinta. E, brincalhão, sabe que a idolatria dos fãs nas ruas tornaria o mesmo trajeto, que no século passado demorava 20 minutos, bem mais demorado se fosse refeito hoje.
– Acho que levaria umas duas horinhas, fácil (risos)!
Sorte do Fabuloso que dessa vez ele vai de ônibus.
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