Albert Einstein, quando ainda estava no colégio, repetiu de ano diversas vezes. Isto, contudo, não o impediu de ficar marcado na história como um dos maiores gênios da humanidade. O fato é que o pequeno e problemático Albert era apenas um pré-adolescente e, como tal, dava pistas pouco conclusivas sobre seu futuro. Alguns poderiam tentar adivinhar e dizer que ele seria um fracassado. O destino, por sua vez, veio provar que aquele garoto seria capaz de mudar o mundo.

A história de Albertinho é o símbolo da puberdade de qualquer garoto: confusa e que não permite adivinhações precipitadas sobre o futuro. Em 2012, o São Paulo vive situação espelhada. Em sua infância, vai bem, mas não consegue convencer de que sua vida adulta será triunfante.

Uma seqüência de vitórias, mesmo que em muitos jogos pouco convincentes e contra adversários fraquíssimos, anima qualquer torcedor. E empolga a ponto de deixá-los cegos para os problemas de sua própria equipe. O Tricolor, até agora, tem dois pontos que podem comprometer o seu futuro na temporada: Jadson e Leão.

Mesmo assim, da mesma forma que Einstein, o destino do São Paulo em 2012 é incerto. Pode ser genial, com títulos e festa no Morumbi, ou um fracasso, como foi no ano passado, que todos os tricolores estão doidos para esquecer.



Quando Jadson foi confirmado como reforço do São Paulo para este ano, a capa do LANCE! estampou: “Chegou o 10?. O jogador chegava para suprir uma posição muito carente do elenco e a diretoria depositava em Jadson a esperança que se tem de um camisa 10: decidir jogos. Passado algum tempo, o jogador não conseguiu mostrar sequer a capacidade de decidir uma partida (seja por problemas de adaptação ou qualidade). Então, por quais cargas d’água deve ser poupado de críticas?

Emerson Leão, por sua vez, tem uma carreira extensa e consagrada. Ainda que tenha poucos títulos de expressão como técnico, deve ser elogiado por sua história no futebol. Os elogios não cabem, contudo, em sua passagem atual no São Paulo.

Ou será que devemos bajular um treinador que preenche uma semana completa de treinamentos com exercícios de finalização tão complexos quanto os de uma aula de educação física. Estes exercícios, por sinal, são responsáveis, comprovadamente, por muitas lesões musculares. Coinicidência o São Paulo ser o time com o maior número de jogadores fora com este tipo de problemas? Também me parece muito pobre de espírito adorá-lo por suas grosserias com a imprensa.

Com todas as ressalvas, a liderança do São Paulo é louvável e deve sim ser comemorada. Deixando de lado os fogos de artifício, paremos e pensemos: será mesmo que estamos diante do melhor time de São Paulo? Gostem ou não, tenho minhas grandes dúvidas e incertezas. E Einstein nos ajuda a entender que qualquer previsão é precipitada para um time em puberdade. O futuro é uma incógnita.