Novo presidente da Confederação Brasileira de Futebol após Ricardo Teixeira renunciar o cargo nesta segunda-feira, José Maria Marín esteve no Morumbi no último domingo, quando acompanhou a vitória do São Paulo por 2 a 1 sobre a Portuguesa.

O dirigente, então vice da CBF, foi recebido pelo presidente Juvenal Juvêncio, pelos vices Carlos Augusto de Barros e Silva e João Paulo de Jesus Lopes, pelo diretor de futebol Adalberto Baptista, além de outros membros da cúpula. O coordenador-técnico Milton Cruz e o goleiro Rogério Ceni também encontraram Marín.

- O Dr. Marin é um advogado ilustre, com uma trajetória importante no futebol. Inclusive com experiência dentro do campo. Temos plena confiança de que ele vai trazer um novo momento para o futebol brasileiro. Desejamos a ele toda sorte e apoio neste momento - afirmou Juvenal, ao site oficial do clube.

Marín foi Governador de São Paulo e presidente da Federação Paulista de Futebol antes de assumir o cargo na CBF. Na década de 50 atuou como atacante do Sampa, quando fez 20 jogos.



Desde 2008, quando teve problemas na reta final do Brasileiro - que acabou campeão - com a FPF e a CBF, o São Paulo e as duas entidades não têm bom relacionamento. Na oportunidade, Vagner Tardelli, que apitaria Goiás e São Paulo, foi vetado após supostamente receber convites para show da Madonna, no Morumbi, fato revelado por Marco Polo Del Nero, presidente na época. Ele acabou afastado do cargo. Nos últimos anos o Morumbi acabou fora da Copa do Mundo de 2014 e a rixa cresceu ainda mais.

- A saída do Ricardo Teixeira era algo que se esperava há algumas semanas, pelo desenvolvimento dos fatos. Não há nenhuma surpresa. A administração do Marín pode ir bem, já que tem boa relação com os clubes paulistas quando presidente da Federação, então conhece bem todas as questões. É uma pessoa ponderada, que ouve a opinião dos outros - afirmou João Paulo, em contato com a reportagem do LANCENET!.

- Em função da sua experiência pode ajudar muito, é bem articulado e precisa haver boa articulação entre governo e CBF. Não só pela Copa do Mundo, mas outros pontos também, como questões estruturais, que não evoluíram com o Ricardo Teixeira. Como o calendário, que não progrediu. Os clubes tiveram um baque financeiro, sem poder excurcionar, por exemplo. Minha expectativa em relação ao que vem pela frente é positiva. Ricardo Teixeira teve seus méritos, com títulos mundiais, mas de maneira geral pecou em questões estruturais - completou o dirigente.