Aos 35 anos, o palmeirense Marcos Assunção ainda assusta e tira o sono dos seus adversários, preocupados com a venenosa bola parada do volante. Quem tem se incomodado com a assombração do jogador é o São Paulo, que quebra a cabeça para conseguir se prevenir do rival, na tarde deste domingo, no clássico em Presidente Prudente (SP), pela décima rodada.

Com dificuldade defensiva nas bolas aéreas no Paulistão Chevrolet – levou seis dos 11 gols pelo alto –, o técnico Leão tenta encontrar uma alternativa para acertar o setor. Ainda mais tendo Assunção pela frente.

Inicialmente, o comandante trocou a tradicional marcação individual nos cruzamentos e distribuiu os seus jogadores por zona, método defendido por alguns técnicos de clubes europeus. Não deu certo, e o Tricolor falhou por baixo e por cima no empate em 3 a 3 com o Bragantino, quarta. Ainda no gramado, Casemiro demonstrou preocupação com o volante alviverde.


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– A bola parada é uma grande dificuldade nossa. O Palmeiras tem o Marcos Assunção nessa jogada, teremos dificuldades também.
Nesta sexta, Leão reuniu os jogadores no CT da Barra Funda e deixou na mão deles se o São Paulo marcará o Palmeiras por zona ou diminuirá os espaços de cada adversário individualmente.

O atacante Willian José, que ajuda os zagueiros nas bolas alçadas na área, revelou ao LANCENET! a sua preferência e espera uma definição rapidamente.

– A gente está conversando. Por mim, eu prefiro marcar individual, eu gosto mais, mas vamos conversar o grupo para que a gente possa resolver logo – disse.

O temor são-paulino se justifica. Dos 18 gols do Verdão no Estadual, Marcos Assunção participou de dez: foram três gols após cobranças de falta, seis assistências em cruzamento, além de iniciar a jogada em um escanteio.
– Temos nossa arma que é o Assunção e temos de tirar proveito disso. Sobretudo em clássico, ele pode ser decisivo para nós – afirmou o meia Daniel Carvalho.

Neste ano, o experiente volante já ajudou o Alviverde a vencer o Santos, no Prudentão, com passe para Fernandão. No Brasileiro de 2011, fez o gol da vitória sobre o São Paulo, após infração, e cruzou para os gols alviverdes no triunfo sobre o Corinthians, em Prudente.

Nos últimos jogos, no entanto, o Alviverde tem mostrado alternativas ofensivas. O ataque ganhou qualidade com a entrada de Barcos, que tem se entendido com Maikon Leite. Os últimos três gols (Maikon, João Vitor e Barcos) não passaram por Assunção. Mesmo assim, os tricolores seguem temerosos com a “Assunbração” do Palestra Itália.