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Top 5: de sonâmbulos a Gandhi, as melhores histórias de Ricardo Rocha

Campeão mundial de 1994, ex-zagueiro lembra susto que passou com Zé do Carmo e Zamorano vagando pelo quarto à noite

Dentro das quatro linhas, Ricardo Rocha foi um dos melhores zagueiros do futebol brasileiro. Aliando força e técnica, ele conquistou títulos por onde passou - o mais importante deles, a Copa do Mundo de 1994, quando, mesmo lesionado, permaneceu no grupo por um pedido dos companheiros. Se com a bola nos pés o pernambucano ganhou fama de xerife, nos bastidores o que chamou a atenção foi seu talento com o humor. Atualmente, o ex-craque comanda os campeonatos de showbol, mas não esquece as várias histórias inusitadas que marcaram sua carreira. (Assista ao vídeo do GloboNews Extracampo com Ricardo Rocha)
A equipe do GLOBOESPORTE.COM/PE convidou o xerife para selecionar as cinco situações mais engraçadas dos tempos em que ainda atuava como atleta profissional. Aproveitando sua passagem pelo Recife, onde participou de um evento sobre a Copa 2014, Ricardo Rocha aceitou o convite e listou uma série de histórias interessantíssimas.


Ricardo Rocha relembra que foi trocado por chuteiras e camisas (Foto: Elton de Castro / Globoesporte.com)

- Situações engraçadas eu tenho várias, mas vou falar algumas que eu acredito que tenham sido as melhores. Após vários anos de carreira, é normal que a gente passe por muitas coisas absurdas.
Negociações, sonambulismo e até mesmo uma disputa entre Lampião e Mahatma Gandhi fazem parte da trajetória do jogador que, com muito bom humor, relembrou o passado vitorioso. Confira o Top 5:
Primeira negociação na carreira
- Uma das situações mais engraçadas foi a minha transferência do Santo Amaro para o Santa Cruz. Na época, fui trocado por um jogo de camisa, dez bolas e dez pares de chuteira. Na ocasião, era para ter sido por dinheiro, mas como o Santa Cruz não tinha, acabei sendo trocado por material esportivo. Creio que eu fui um dos primeiros atletas a ser negociado desta forma.


Guerreiros “kawasakis”

- Preleção da final da Copa do Mundo. Eu reuni todo o grupo de jogadores e comecei a falar da importância do título para o país. Lembro que só estavam presentes a comissão técnica e os jogadores, e eu me emocionei muito quando estava falando. Aí, foi quando eu disse: "Gente, temos que entrar como aquele grupo de japoneses que lutava pela pátria, os ‘kawasaki’". Na realidade, eu deveria ter falado kamikazes. Aí você imagina a zona que foi. Fui alvo de chuteirada, pancada e perturbação de todo o grupo. Mas eles são burros pra caramba, porque só o Romário notou, o restante nem tinha percebido.
Sonambulismo no meio da noite
- Eu estava vindo dos juniores e fui concentrar pela primeira vez. Aí, fui colocado no quarto do Marco Antônio e do Zé do Carmo. O Marco já tinha ficado no mesmo quarto que o Zé, mas eu, não. Aí, no meio da noite, eu abro o olho e vejo o Zé parado, olhando pra mim, na frente da minha cama. Eu era garoto e não sabia que ele era sonâmbulo. Aí eu pensei: "Esse rapaz vai, mas volta. Esse cara vai querer me pegar, e eu vou meter a porrada nele". Era meu amigo, mas ele estava me encarando. Eu sou espada. Mas o Marco falou para ele ir dormir e o Zé atendeu na hora. No outro dia, eu fui perguntar ao Marco o que tinha acontecido, e aí ele me disse que o Zé era sonâmbulo. Foi um susto grande.
A perseguição dos sonâmbulos

- É incrível esse negócio de sonambulismo comigo. Eu estava na concentração do Real Madrid, e quando eu abro o olho estava lá o Zamorano olhando pra mim. E eu pensando: "Meu Deus do céu, esse chileno olhando pra mim. Esse rapaz faz Rio/Chile de frente e volta de costas". Porque o Zé ficou me olhando, mas não estava perto. Já o Zamorano ficou colado na minha cama. Já estava preparado para dar uma porrada nele, mas ele também era sonâmbulo. Foi quando ele se virou e bateu no centro que tinha no quarto e começou a sorrir. Mas que eu pensei que ele era meio estranho, isso eu pensei.


Mahatma Gandhi? Prefiro Lampião
- Eu jogava no São Paulo e tinha perdido a final do Campeonato Brasileiro de 1989 para o Vasco. Aí, em 1990, perdemos para o Corinthians. Em 1991, classificamos para final mais uma vez.

Agora contra o Bragantino. Tudo certo, todo mundo concentrado, mas quando eu entro no quarto me deparo com o Ronaldão lendo um livro do Mahatma Gandhi. Não tive duvida, tomei o livro dele e dei uma bronca: "Poxa, perdemos dois anos seguidos e você vai ler Gandhi? Gosto muito dele, o que ele fez no mundo é lindo, mas o momento é de Lampião, amigo. É faca no bucho. Temos que ganhar esse título e não podemos ficar lendo Mahatma Gandhi. Tá brincando?". O Ronaldão ficou sem entender nada.

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