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Na cadência bonita de Rivaldo



Sem entrar no mérito de melhor ou pior, mas o São Paulo é um com Rivaldo e completamente outro com Lucas, que cumpriu suspensão na vitória sobre o Noroeste pelo terceiro cartão amarelo.

A principal diferença entre experiência e juventude, claro, todo mundo sabe: a velocidade. Aos 38 anos, ocamisa 10 nem pensa mais naquelas arrancadas de costurar a defesa adversária e encantar a torcida, tão naturais para o titular da posição.

Rivaldo também não inventa. Melhor jogador do mundo em 1999, pentacampeão com a Seleção Brasileira em 2002, próximo do final da carreira, ele toca de lado mesmo, sem vergonha nenhuma. Mas em seu repertório tem cada toque de lado! De uma forma ou de outra, o fato é que o meia-atacante tomou conta das jogadas ofensivas da equipe tricolor.

O técnico Paulo César Carpegiani armou um esquema em que todas as bolas, sem exceção, passavam pelos pés do jogador. Com tanta habilidade, aí ficou fácil. “Pernas pra que te quero” para quem ainda as tem dispostas a correr 90 minutos debaixo do sol forte do Interior. Assim, Rivaldo deixava ora Dagoberto ora Marlos na cara do gol. Arriscou alguns chutes, esses sem lá tanto sucesso.

Mas quem abriu o placar foi o goleiro-artilheiro Rogério Ceni. Desta vez sem inventar – havia praticamente recuado a cobrança no meio de semana contra o Santa Cruz, pela Copa do Brasil – ele cobrou o pênalti com perfeição ainda no primeiro tempo e garantiu seu 101º gol na carreira. Os gols estavam só começando a sair. Pois o São Paulo continuou na mesma toada na etapa final. Rivaldo continuava a reger a equipe que até então não levava sustos na remendada defesa.

Diante de tanto domínio, o Noroeste começou a se perder e até a fazer faltas desnecessárias e mais violentas. França, o mais perdido dos que estavam em campo, foi expulso depois de uma entrada no lateral-esquerdo Junior Cesar.

A boa atuação só foi facilitada. De pé em pé, Casemiro tocou para Marlos, sozinho na grande área, estufar a rede e marcar o segundo gol do Tricolor.

Com a vitória encaminhada, Rivaldo se deu ao luxo, um pouco ordem de Carpegiani, de jogar praticamente de segundo volante. E cumpriu bem a função até os 25 minutos. Não fez feio, não. Ilsinho – com moral depois do gol da classificação na Copa do Brasil – entrou como de praxe no lugar de Casemiro e até voltou a marcar, já nos acréscimos, após tirar o zagueiro da frente para acertar o ângulo. Assim como o ala, Carlinhos Paraíba também foi liberado para atacar.

No contra-ataque, Marlos, em uma de suas melhores partidas no ano, deu lindo passe para Dagoberto. O atacante, de primeira, soltou o pé – não afundou o goleiro Yuri por pouco.

Substituído com passes para lá de precisos, mas sem nenhum gol marcado ou arrancada espetacular, Rivaldo ganhou os aplausos da torcida no Alfredo de Castilho. Após o jogo, garantiu que não pediu para sair. Foi substituído por opção tática.

Agora, se esse futebol excelente para a equipe, mas nem tão espetacular para a torcida, convence será assunto para as discussões em mesas de bar. Se der certo, como ontem, alguém mais desavisado pode falar: “Não é um Lucas, mas ajudou o time a vencer”.

PONTO FRACO
Com Alex Silva e Miranda vetados pelo departamento médico, Carpegiani se viu obrigado a improvisar na defesa. Rodrigo Souto atuou entre os zagueiros Rhodolfo e Xandão. Esse é um dos pouco pontos a ser afinado na equipe. Tanto que Aleíson, que havia acabado de entrar, saiu na cara de Rogério Ceni e fez o gol de honra do time da casa.

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