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Cavadinha é reflexo de um Ceni ‘diferente’

Apesar do pênalti perdido, Ceni não foi vazado contra em Barueri

Em dois anos e meio na cobertura do São Paulo, nunca vi Rogério Ceni se portar como no jogo do Arruda, contra o Santa Cruz, semana passada. O capitão atravessou o campo para fazer o goleiro Tiago Cardoso levantar rapidamente, discutiu com Thiago Matias, quando chegou a trocar empurrões com o zagueiro, e falou muito com o árbitro.

No jogo da volta, em Barueri, o capitão também esteve diferente. Desta vez, na cobrança de pênalti. Em 114 batidas (agora são 14 perdidas), ele nunca tinha arriscado uma cavadinha. Alto, rasteiro, em um canto, em outro… Foram muitas variações, mas nunca do jeito da última quarta-feira. O erro poderia ter custado caro, já que a classificação só veio faltando 18 minutos para o fim.

Levantou-se a possibilidade de Rogério ter menosprezado o adversário. Não é do feitio do camisa 1. Acho sim que ele quis “punir” o rival. Muitos dos jogadores do Santa demonstraram não gostar do goleiro. Jeovânio, depois da cobrança, o xingou. A torcida, que levou quase 47 mil pessoas ao Arruda, por muitas vezes emitiu palavrões contra o capitão. Mexeram com o brio de Ceni. Por tudo que fez pelo futebol, ele merece ser respeitado. Mas também entendo os torcedores, que não agem com razão, mas sim com emoção.

Profissional como é, e homem de não levar desaforo para casa, Rogério ficou com sede de vingança. Queria, de todo jeito, vencer. E porque não, tirar um sarro? Ele treina a batida, mas muito pouco perto do que executa em cobranças normais, sem inventar no estilo. Era desnecessário para o time arriscar uma batida como foi. Mas para ele talvez fosse. Ceni, pelo visto, pensou mais nele do que no grupo, outro fato inédito.

A tentativa não deu certo. Assim como já errou dando paradinha, desta vez foi com cavadinha. Este ano, são quatro penalidades batidas, sendo metade desperdiçada. Isso com Luis Fabiano perto de estrear. Com o camisa 9 em forma, é certo que vai querer “disputar” o posto de cobrador oficial. Se Rogério não se cuidar, e também agir com mais seriedade na marca da cal, pode nem ter mais chances para cavadinhas.

Para o próximo jogo, a tendência é a de que o goleiro volte ao normal. Mais tranquilo e sem receber tantas ofensas. Mas, claro, obstinado por títulos e gols. De agora em diante, sem inventar. É o que espera o são-paulino. Até porque, assim como Tiago Cardoso, outros goleiros também podem estar espertos.

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